Noticias - Divulga news
Segunda, 21 de Outubro de 2024
Ola Mundo!


Rosa Weber autoriza inquérito para investigar Bolsonaro por suposta prevaricação no caso da Covaxin

Caso teria sido relatado pelos irmãos Miranda ao presidente durante encontro no Palácio da Alvorada

A ministra Rosa Weber do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de um inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro por suspeita de prevaricação no caso da compra da vacina Covaxin. A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentado também nesta sexta-feira, 2. O caso se refere à denúncia feita pelo deputado Luis Miranda e o servidor da Saúde, Luis Ricardo Miranda de que o funcionário teria sido pressionado a assinar o contrato fraudulento para compra da vacina indiana após negociações da Precisa Medicamentos. O caso teria sido relatado pelos irmãos Miranda ao presidente durante encontro no Palácio da Alvorada. Segundo depoimento deles na CPI da Covid-19, o mandatário teria respondido que esse tipo de negociata seria coisa do deputado Ricardo Barros, líder do governo na Câmara. O inquérito vai apurar se Bolsonaro deixou de tomar as medidas cabíveis para investigar a denúncia. O governo federal afirma que o presidente avisou o então ministro Eduardo Pazuello, que acabou sendo exonerado no dia seguinte, 23 de março. O contrato da Covaxin só foi suspenso na última semana.

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), senador Renan Calheiros, afirmou nas redes sociais que o inquérito é “o resultado concreto do trabalho da CPI no escândalo Precisa/Covaxin”. Segundo ele, esse é “o menor dos crimes” e em “8 de janeiro 2021 o presidente pediu pela vacina da corrupção”. Co-autor da notícia crime que deu origem ao pedido da PGR, o senador Randolfe Rodrigues comemorou a decisão. “É um sinal do funcionamento das instituições democráticas no nosso país. A comissão estará à disposição para prestar todos as informações e elementos necessários que, tenho certeza, ao final do inquérito, vão mostrar que o presidente da república, munido de todas as informações para coibir um crime de corrupção não o fez”, afirmou. Em conversa com apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro ironizou membros da CPI. “Um médico bom, Dr. Omar Aziz, outro bom também é o Renan Calheiros. Tem um melhor ainda, senador saltitante, sabe tudo sobre a Covid-19”, disse.

Como diligências da investigação a procuradoria-geral indica: “solicitar informações à Controladoria-geral da União, ao Tribunal de Contas da União, à Procuradoria da República do Distrito Federal, e em especial à Comissão Parlamentar de Inquérito da pandemia sobre procedimentos relativos aos fatos e compartilhamento de provas”; “produzir provas, inclusive através de testemunhas sobre a prática do ato de ofício após o prazo estipulado ou tempo normal para execução, caracterização de dolo, direto ou eventual, acrescido do intuito de satisfazer interesse ou sentimento pessoal”; “ouvir os supostos autores do fato”. O último item abre possibilidade do presidente ser ouvido pela Procuradoria-Geral. O caso também vem repercutindo na Câmara dos Deputados, membros da base bolsonarista, como Carlos Jordy, têm criticado a posição. “Criam narrativas todos os dias, contra o presidente, contra o governo e o presidente só sai fortalecido. Esses que se completaram na corrupção nos governos anteriores, disse o deputado. O procurador-geral Augusto Aras havia pedido para aguardar a conclusão da CPI da Covid-19 para decidir se pedia, ou não, a abertura do inquérito. No entanto, Rosa Weber negou a possibilidade afirmando que o colegiado não impede a apuração do Ministério Público Federal.

*Com informações do repórter Levy Guimarães


Noticias do mundo

Voltar

InícioInício

Divulga news Copyright © 2024
Criado por:  Nandosp