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Terça, 22 de Outubro de 2024
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No ‘Dia Mundial de Combate à Meningite’, especialista reforça importância da vacinação

A meningite é considerada uma doença endêmica e precisa ser controlada por meio da vacinação

Este sábado, 24 de abril, é o Dia Mundial da Meningite. A data é importante para lembrar a importância da vacinação contra a doença, que pode ser fatal em quase metade dos casos. Em 11 de setembro de 2009, Pedro Pimenta, então com 18 anos, começou a passar mal. Sentia dor nos braços e nas pernas, febre e ânsia de vômito. Levado a um hospital, ele foi diagnosticado com uma meningite bacteriana. Em estado grave e com menos de 1% de chance de sobreviver, Pedro ficou quase seis meses internado e teve os dois braços e as duas pernas amputadas. Mesmo assim, ele se considera uma pessoa de sorte. “Eu conheci muitas famílias que não tiveram a mesma sorte de contar com a dádiva da segunda vida e, infelizmente, perderam filhos, irmãos, pais, mães, avôs e netos”, diz.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de um milhão de casos e 130 mil mortes ocorrem no mundo a cada ano por causa da meningite. No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica. Ou seja, se não for controlada, ela pode virar um surto. A boa notícia é que já existem vacinas contra a doença. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o imunizante ACWY, que protege contra quatro sorotipos de meningite bacteriana, que é a mais grave. Também há a vacina contra o sorotipo B, mas que só está disponível na rede privada. A médica infectologista Lessandra Michelin ressalta a importância da prevenção contra a doença. “As sequelas podem ser alteração de comportamento, cognitivas, a pessoa pode ter problemas em membros também. Muitas crianças têm lesões graves que são específicas da meningite meningocócica e elas acabam tendo que amputar os membros”, explica.

Apesar dos efeitos graves e até mesmo fatal da meningite, muitos pais deixaram de vacinar os filhos por causa da pandemia do coronavírus. Uma pesquisa realizada pela IPSOS Mori, encomendada pela farmacêutica britânica GSK, mostrou que cerca de cinquenta por cento dos pais no Brasil, Reino Unido, Itália, França, Alemanha, Argentina e Austrália atrasaram ou cancelaram a imunização das crianças contra a doença. A infectologista Lessandra Michelin lembra que a imunização pode ser feita em qualquer faixa etária, exceto pela vacina B, que só pode ser aplicada até os cinquenta anos. “Vacina contra meningite pode ser para crianças, adolescentes, adultos e idosos”, diz. Neste sábado, Dia Mundial da Meningite, é possível ir a qualquer posto de saúde e atualizar a caderneta de vacinação.

*Com informações da repórter Nicole Fusco


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