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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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Mulheres que tiveram filhos na pandemia narram desafios e desejos no Dia das Mães

Mulheres que descobriram gravidez na pandemia narraram expectativas e dificuldades

Quando ficou grávida pela primeira vez, em setembro de 2019, Lília Macedo Teixeira nem imaginava que teria bebê no meio de uma pandemia. Um mês antes da filha nascer, Lília foi diagnosticada com Covid-19; na época, a doença ainda era muito desconhecida. A vendedora teve 25% do pulmão comprometido e ficou internada durante quatro dias; quando deu à luz, Lília ainda testava positivo para a doença. Não foi fácil, mas Ana, que vai completar um ano na semana que vem, nasceu saudável e com anticorpos para o vírus. “Foi um desespero, porque era uma doença nova e eu confio muito no meu obstetra. Acabou que ficamos em uma situação que ele não sabia o que me dizer, nem os médicos. Foi bem no começo da pandemia, então a gente não tinha noção de nada do que poderia acontecer”, afirmou. Agora, Lília espera a segunda “filha de pandemia”, Isabela, que deve nascer no mesmo dia da irmã.

Mais de 2 milhões de bebês nasceram durante a pandemia no Brasil. Junto com eles, nasceram, também, novas mães: as chamadas mães da pandemia. São mulheres que descobriram a gestação quando o vírus já era uma realidade no país e se depararam com medos e desafios desde os primeiros meses de gravidez até depois do nascimento. Ariane de Souza Pereira é mais uma delas; ela é mãe do Vinícius, de 4 anos, e da Sofia, de 11 meses. Ela diz que sente falta de apresentar o mundo, principalmente à mais nova, que nasceu durante a pandemia. “Não é fácil trabalhar e cuidar das crianças. O que eu quero para eles é que eles tenham o mundo. Algumas pessoas falam que a gente cria os filhos para o mundo. O mundo, que eu quero dizer, é assim: conhecer pessoas, conhecer o shopping, um parque, os amiguinhos. O que mais me deixa frustrada neste momento é não ter esse mundo lá fora para curtir”, disse.

Casada há oito anos, a professora Lilian Cauterucci passou por muitas dificuldades para conseguir engravidar. Em novembro do ano passado, quando já tinha quase desistido de ter um bebê, descobriu uma gravidez de cinco meses. O momento de pandemia frustrou muitas das expectativas que ela tinha para o nascimento e primeiros meses de vida da Laura. “Isso preocupa a gente com relação ao hospital, à escolha da maternidade… Isso preocupa muito a gente, tanto que a maternidade a gente escolheu por conta disso”, afirmou. Lilian lembrou que, ao contrário do que sonhava, nenhuma visita foi recebida no hospital e apenas o marido dela pôde acompanhar o parto. “Foi tudo fora do que a gente planejou e sonhou”, lamentou. Mesmo com muitos planos adiados, agora, com Laura nos braços, para Lilian só importa uma coisa: ver o sorriso da filha.

*Com informações da repórter Beatriz Manfredini


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