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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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Ministério da Saúde precisa comprar todas as vacinas disponíveis no mercado, diz ex-coordenadora do PNI

A segunda etapa da vacinação em São Paulo vai envolver profissionais da saúde, indígenas, quilombolas, idosos com mais de 60 anos e pessoas com deficiência que vivem em instituição de longa permanência

Para garantir o avanço da vacinação contra o coronavírus no Brasil, o Ministério da Saúde precisa comprar todas as vacinas disponíveis no mercado e, com isso, conter a doença e evitar mortes. A avaliação é de Carla Domingues, que foi coordenadora do Programa Nacional de Imunização de 2011 a 2019. Ela ressalta que é ótimo que o país tenha dois produtores, sendo os compostos do Instituto Butantan e da Fiocruz, mas eles dependem dos insumos escassos e o processo leva 30 dias após a chegada. “Como está havendo essa escassez, há outros laboratórios que tem a vacina pronta para já chegar e ser distribuída imediatamente. Era fundamental que o ministério fizesse essa aquisição nesse momento.”

Carla Domingues reforça que o momento exige a redução da gravidade da doença. “Tanto a vacina do Butantan como a de do Bio-Manguinhos, elas demonstraram nos estudos clínicos que têm propensão a diminuir gravidade e óbitos [pela Covid-19]. É isso que a gente quer nesse primeiro momento da pandemia. Estamos vendo mais de 200 mil brasileiros que morreram, uma necessidade enorme de UTIs na maioria dos municípios, inclusive com esgotamento da capacidade. Então essa tem que ser a nossa preocupação nesse momento”, avaliou. A segunda etapa da vacinação em São Paulo vai envolver profissionais da saúde, indígenas, quilombolas, idosos com mais de 60 anos e pessoas com deficiência que vivem em instituição de longa permanência. O intervalo entre as dose será de 14 a 28 dias.

A ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunização defende que não se deve banalizar a Covid-19. “‘Ah não, muita gente é assintomático, muito gente só tem caso leve’. Realmente, em torno de 2 a 3% chegam nesse ponto da gravidade do óbitos. Mas, ao mesmo tempo, a gente está vendo esse novo fenômeno, pessoas que foram assintomáticas ou que tiveram casos leves estão tendo complicações futuras. Essas sequelas podem durar de seis meses até um ano, pessoas estão tendo dores de cabeça muito frequentes e outras sequelas neurológicas. Então a gente não pode menosprezar essa doença”, afirmou. Carla Domingues mantém a recomendação do isolamento social, evitar aglomerações, usar máscara, lavar as mãos, uso do álcool em gel e a vacinação é uma ação complementar até que a população seja vacinada em torno de 70%.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos


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