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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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Guerra na Ucrânia completa sete meses neste sábado

Prédio do governo regional destruído por um ataque de mísseis russos em março de 2022, na cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia

Neste sábado, 24, a guerra na Ucrânia completa 7 meses de duração. Neste período, a Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou mais de 8,6 mil civis feridos e quase 6 mil mortos, incluindo 379 crianças. O Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU ressaltou que os números reais são bem mais altos. O total de mortes de militares na guerra é difícil de calcular pois Rússia e Ucrânia não divulgam dados oficiais pro razões de segurança. O governo russo alega que perdeu menos de 6 mil soldados em ação. Enquanto o Pentágono estima 15 mil fatalidades no exército da Rússia. O Kremlin afirma ainda que matou ou feriu mais de 110 mil militares ucranianos, mas o governo de Kiev fala em 10 mil mortos e 30 mil feridos. O sofrimento causado pela guerra não se limita ao território ucraniano. Em todo o mundo a população percebe a disparada do preço internacional do petróleo e do gás natural. Além de pesar no bolso dos motoristas, a inflação dos combustíveis encarece todos os bens e serviços que dependem de transporte. A escalada nos preços dos alimentos é outra grave consequência da crise militar na Europa. Os dois países envolvidos na guerra estão entre os principais produtores de grãos do planeta. A Rússia é a maior exportadora mundial de trigo, representa mais de 18% do comércio internacional desse produto e também lidera o comércio global de fertilizantes. Diante do crescimento vertiginoso no custo de vida, a ONU reforça alertas para o risco de uma severa crise alimentar no mundo. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez um novo apelo aos países na cooperação contra a fome.

“Para aliviar a crise mundial dos alimentos nós precisamos abordar com urgência a crise no mercado global de fertilizantes. Esse ano o mundo tem comida o suficiente, e o problema é a sua distribuição. Mas se o mercado de fertilizantes não for estabilizado, o problema do ano que vem pode ser a própria oferta de alimentos”, declarou Guterres na Assembleia Geral da ONU. As notícias mais recentes da guerra são pouco animadoras. No Leste da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia, a cidade de Kharkiv é alvo frequente de ataques russos e contra-ataques ucranianos. Na cidade de Zaporizhzhia, os bombardeios recorrentes perto de uma usina nuclear fortalecem o medo de um novo desastre atômico. Também no Leste Ucraniano, foi descoberta uma vala coletiva com quase 450 corpos perto da cidade de Izium, o que gerou reação enérgica dos países ocidentais, que preparam um novo pacote de sanções contra a Rússia. Na mesma região, autoridades encontraram uma suposta câmara de tortura de prisioneiros ucranianos.

Ainda assim, a resistência ucraniana desafia as investidas do exército russo e o Kremlin escala esforços para manter a máquina de guerra no país vizinho. Na última semana, o presidente Vladimir Putin anunciou a convocação de até 300 mil reservistas para integrar os batalhões. Protestos em reação à medida foram repreendidos pelas forças policiais e uma ONG de direitos humanos estima mais de 1.300 manifestantes presos. Com medo de serem convocados para uma guerra que não apoiam, homens russos têm deixado o próprio país em direção à Finlândia, Sérvia e Armênia sem previsão de voltar para casa.

*Com informações do repórter Bruno Caniato


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