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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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‘Desenho da privatização dos Correios traz grande ônus para quem comprar’, diz Salim Mattar

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Mattar ressaltou que establishment coloca empecilhos no projeto de privatização

O ex-secretário de Desestatização do governo de Jair Bolsonaro, Salim Mattar, acredita que a secretária especial do PPI, Martha Seillier, pode ter sido mal interpretada em sua fala sobre a privatização dos Correios. De acordo com ele, ao falar que a estatal iria a leilão por um “valorzinho”, Seiller quis dizer que o valor de compra será pequeno diante do ônus da aquisição. “O que temos diante de nós é a privatização de um monstro que sempre foi muito oneroso aos pagadores de impostos. A sociedade brasileira, a vida inteira, teve bônus adicional pela empresa ter sido abusada pelo sindicado, teve inúmeros desvios com nomeações políticas. A secretária Martha Seillier é muito competente e está tentando, com todo o esforço, buscar a privatização dos Correios. Fato é que o desenho que saiu para a privatização traz grande ônus para o privado comprar a empresa. Para começar, por 18 meses não pode demitir ninguém. Então, na realidade, esse ‘vender barato’ é que, na verdade, vai custar muito caro. O que ela quis dizer, talvez, é o seguinte: tamanho é o ônus dos Correios para quem comprar, que o preço de ingresso vai ser menor.”

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Mattar ressaltou que establishment coloca empecilhos no projeto de privatização. “O establishment é o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Eles não são favoráveis ao processo de privatização, a redução do tamanho do Estado, porque, de certa forma, se nós reduzirmos todas as nossas estatais, privatizar tudo, reduz substancialmente o poder. E, no caso de empresas estatais, reduz a massa de manobra porque essas empresas foram usadas ao longo dos anos para fornecer caixa para partidos políticos. Então, não há interesse do establishment em realizar as privatizações.” Para o ex-secretário, se o Brasil pagar milhões de alguém para ficar com os Correios, já seria um ótimo negócio. “O melhor que fazemos é se desfazer dela como estatal e transferir para a iniciativa privada, não importa a que preço” completou. Salim Mattar destacou que os brasileiros receberam um legado da esquerda, que assumiu o poder depois da redemocratização: a Constituição.

Para ele, o documento pode ser considerado um golpe na sociedade porque nós elegemos deputados e senadores que se autointitulam constituintes. “Isso é um golpe. Nós não votamos em constituintes. Houve uma Constituição feita com absoluto conflito de interesse. Imagina: nós entregamos os políticos para fazer uma Constituição e ele continua político, continua se reelegendo. Uma Constituição tem que evitar o conflito de interesse.” Ele lembra que, no governo Sarney, o então secretário da Fazenda, Maílson da Nóbrega, já tinha alertado para os riscos da carta magna tornar o brasil ingovernável. “É isso o que está acontecendo agora. Nós tivemos um candidato eleito com 57,7 milhões de votos com uma pauta conservadora. E essa pauta foi barrada pelo STF e pelo Legislativo. O ‘toma-lá-dá-cá’ não é novidade dos dias de hoje. Bolsonaro não consegue governador porque ele não tem maioria no Congresso. Nossa Constituição já deu o que tinha que dar, já cumpriu o seu papel Precisamos de uma nova, feita por pessoas sem qualquer conflito de interesses”, finalizou.


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