As demandas dos novos prefeitos ou aqueles que continuarão seus mandatos, passarão também pelas verbas da educação, especialmente aquelas que virão do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O deputado federal Felipe Rigoni vai apresentar nesta segunda-feira, 16, a primeira versão do relatório do projeto de lei que regulamenta o Fundeb. O texto, construído a partir de estudos do Gabinete Compartilhado de parlamentares do Movimento Acredito, envolveu sugestões coletadas em cinco debates públicos da Câmara dos Deputados. Para a presidente-executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz apesar de avanços, os gestores terão que lidar com a queda de arrecadação que deve chegar a R$ 32 bilhões. “Nunca antes a gestão educacional foi tão desafia e nunca antes foi tão importante. A gente tem uma situação que é uma queda muito grande no orçamento da educação. Para os municípios são R$ 32 bilhões que são sumir das secretarias municipais de educação. Mesmo com a aprovação do Fundeb, que foi uma vitória muito importante, a questão é que a gente vai ter uma queda geral nos orçamentos”, afirma.
Priscila Cruz diz que é preciso haver um casamento entre políticas de longo prazo e de curto prazo, para isto existe a necessidade de técnicos especializados cuidando da educação. “A importância da formação de uma equipe gestora, que consiga fazer uma boa locação dos recursos, boa formulação, implementação e aprimoramento contínuo. Sem essa equipe técnica, essa equipe responsável pela educação nas prefeituras, é muito difícil ter qualquer avanço.” Os prefeitos terão ainda em 2021 o desafio de dar a atenção às crianças do ensino infantil que serão as que mais vão sofrer e o setor público terá que ter um foco especial neste segmento.
*Com informações do repórter Daniel Lian