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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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Aumento do consumo de álcool por diabéticos na pandemia preocupa médicos

Aumento no consumo de álcool pode ser ainda mais prejudicial aos diabéticos

Um encontro de especialistas promovido pela Associação de Diabetes Juvenil na última semana trouxe dados preocupantes sobre a doença. A médica Karla Melo, que é colaboradora da equipe de diabetes do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, citou vários estudos internacionais que mostram o aumento do uso de bebidas alcoólicas por jovens diabéticos durante a pandemia. Aqui no Brasil, não foi diferente: uma pesquisa feita pelo sistema Glic de telemedicina para atendimento de diabéticos no país mostra que de março a dezembro de 2020 há um crescimento de 1,14% nos relatos de consumo. A médica explica que a ingestão deste tipo de bebida traz risco de hipoglicemia – que é uma queda muito acentuada das taxas de açúcar no sangue. “É recomendado que as pessoas com diabetes limitem a ingestão de álcool devido ao risco maior de hipoglicemia. O estoque de glicose no fígado diminui e a produção de glicose pelo fígado, que é quem mantém todos vocês que não têm diabetes com glicemias normais entre as refeições e no período do sono, é essa produção de glicose pelo fígado, porque você não está ingerindo alimentos e o carboidrato não está entrando no seu organismo, então é bastante importante esta questão de risco de hipoglicemia induzido por álcool”, afirmou.

A endocrinologista e diretora da Associação de Diabetes Juvenil, Denise Franco, também chamou a atenção para o uso de corticoides – comum no tratamento de pacientes graves de coronavírus – relacionado ao surgimento de diabetes. “O corticoide é um remédio que aumenta a glicemia. Ele por si só é um fator que estimula a glicemia elevada, porque um dos efeitos colaterais é que ele aumenta a resistência insulínica, e com isso ele aumenta a glicemia. Você pode ter aí uma piora da doença que você já conhece que tem e alguém que tem lá um fator e às vezes começa a usar a medicação e não tem diabetes, pode desenvolver diabetes neste período de uso. São doses elevadas da medicação, e com isso ter o que a gente chama de diabetes medicamentosa”, explicou. Segundo a Associação, 10% da população brasileira tem diabetes. A diabetes tipo 2 é a mais comum, que envolve pacientes geralmente acima do peso e com má alimentação. No Brasil, 73% dos pacientes com diabetes tipo 2 estão com a doença fora do controle.

*Com informações da repórter Carolina Abelin

 


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