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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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Constantino: Política do ‘fechar tudo’ é sinal real de falta de empatia com povo brasileiro

Parte dos estados brasileiros anunciaram medidas restritivas para tentar evitar colapso no sistema de saúde

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar medidas de isolamento social durante a inauguração do trecho da ferrovia Norte-Sul que liga Goiás a São Paulo nesta quinta-feira, 4. “Temos que enfrentar os nossos problemas. Chega de frescura e de mimimi, vão ficar chorando até quando? Temos que enfrentar os problemas. Respeitar, obviamente, os mais idosos, aqueles que têm doenças, comorbidades, mas onde vai parar o Brasil se nós pararmos?”, questionou, criticando governadores e prefeitos e falando que o país não deve combater o vírus “de forma suicida”. O presidente voltou a dizer que o Brasil é o país mais avançado na vacinação e apelou para que governadores e prefeitos repensassem sobre a “política de fechar tudo” e parassem de acusá-lo de fazer aglomeração. “Atividade essencial é toda aquela necessária para o chefe de família levar o pão para dentro de casa”, pontuou. De acordo com números do Ministério da Saúde, mais de 1.900 mortes foram registradas na quarta-feira, 3, marcando o pior dia do país desde o início da pandemia. O Brasil se aproxima da marca dos 260 mil mortos. Em conversa com apoiadores na cidade de Uberlândia, o presidente criticou comentários sobre compra de vacinas, disse que editou Medidas Provisórias para comprar imunizantes e garantiu que “onde houver vacina para comprar, o Ministério da Saúde vai comprar”. As polêmicas falas do presidente foram tema de debate entre comentaristas do programa “3 em 1, da Jovem Pan, nesta quinta-feira.

Rodrigo Constantino acredita que o grande problema da pandemia é a politização, que interdita o debate. “Está inviável [articular]. Basta ver a carta dos governadores, basta ver a postura do governador de São Paulo, que é o principal estado… Então, há um excesso de politização. Isso está impedindo um debate duro, realista, sobre a pandemia”, opinou. O comentarista lembrou que forma e conteúdo são importantes, mas disse que o estilo “tosco e direto” de Bolsonaro não deve ser confundido com falta de empatia. “Eu concordo, parece faltar tato, mas não me parece faltar empatia genuína ou razão naquilo que ele fala”, pontuou. Constantino lembra que o pânico é algo que paralisa o público e considera que fechar tudo é uma “loucura” que não se mostrou razoável até o momento. “É uma loucura. Isso sim é falta de empatia e elo com o povo brasileiro, que não tem o salário garantido no final do mês e a estabilidade de emprego de funcionário público, ou não tem a condição de fazer home office como a imensa maioria de nós, jornalistas”, afirmou. Ele considera a frase de Jair Bolsonaro sobre colocar o pão na mesa como correta, e desafia: “Vai explicar para o garçom que não é essencial o trabalho dele. Ele depende desse trabalho para colocar no fim do dia o pão na mesa dos filhos”.

Marc Sousa acredita que o maior problema do governo Bolsonaro é de comunicação, não de logística real. Ele lembrou dos países europeus que anunciaram programas de vacinação em massa no fim do ano e relativizou a situação do Brasil, que depende de tecnologias do exterior e começou as vacinações um mês depois, no meio de janeiro. “O Brasil não está tão atrás assim. Teve problemas de lentidão para fechar contratos no passado, podia ter acelerado muita coisa? Podia, mas dentro da realidade posta, o Brasil começar sua campanha de imunização, que é uma campanha continental, cerca de um mês depois do que países que detêm tecnologia, que produzem no próprio território a vacina, não é tão ruim assim”, opinou. Para ele, o Governo Federal errou nas bravatas e caiu em provocações feitas por governadores que querem politizar a questão da pandemia.

Diogo Schelp afirma que a maneira exaltada do presidente de tratar questões gravíssimas não é coincidência e cita as polêmicas atuais envolvendo a família Bolsonaro. “Toda vez que alguma notícia chega perto dos filhos dele, principalmente quando se referem a denúncias contra o senador Flávio Bolsonaro, o presidente se exalta na sequência. É uma coisa muito comum mesmo falando de outros temas, ele se exalta, fala palavrões e assim por diante”, pontuou. O jornalista garantiu que falar que a preocupação da população com os números é “mimimi” não é uma verdade, lembrou que os idosos e os doentes não são os únicos brasileiros que estão morrendo e disse que a questão sobre qual dos poderes tem responsabilidade pelas medidas restritivas já foi esclarecida. “Que tal agora o governo federal sair da inércia e fazer alguma coisa? Antes tarde do que nunca”, afirmou, perguntando quais as soluções alternativas ao isolamento social que o governo federal tem proposto.

Confira o programa ‘3 em 1’ desta quinta-feira, 4, na íntegra:


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