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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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‘A prisão de Crivella não deve ser colocada na conta de Bolsonaro’, defende Abduch

Marcelo Crivella (Republicanos) foi preso na manhã desta terça-feira, 22, acusado de chefiar esquema de corrupção

Em operação conjunta, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil prenderam o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) nas primeiras horas da manhã desta terça-feira, 22. O empresário Rafael Alves e o delegado Fernando Moraes também foram presos. O ex-senador Eduardo Lopes, outro alvo da Operação Hades, não foi localizado em casa. Uma investigação aponta que o grupo aliciava empresários para participar de um esquema que se baseava na facilitação de “restos a pagar”, seguida da exigência de um percentual desse valor. O esquema de corrupção teria arrecadado cerca de R$ 50 milhões em propina. Crivella, apontado pelo MP como chefe da organização criminosa, considerou a sua prisão preventiva “uma grande injustiça”, justificando que o seu governo foi o que “mais atuou contra a corrupção” na capital. Mais tarde, o vice-presidente Hamilton Mourão garantiu que a prisão do prefeito do Rio de Janeiro não deve trazer desgastes para a imagem do governo federal. O questionamento acontece porque Marcelo Crivella foi apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro durante as eleições municipais deste ano. “A gente apoia tanta candidatura aí. Tem nada a ver”, afirmou Mourão. As polêmicas em torno dessa declaração foram tema de debate entre os comentaristas do programa 3 em 1, da Jovem Pan, nesta terça-feira, 22.

Thaís Oyama discordou do posicionamento do vice-presidente afirmando que a prisão de Marcelo Crivella tem sim um impacto na imagem da presidência. A comentarista defendeu que o político “nunca foi flor que se cheirasse”, visto que ele já escapou de várias ameaças de impeachment e foi acusado de manter um grupo pago com dinheiro público que impedia denúncias de problemas na Saúde. “Ou se conclui que Bolsonaro é crédulo demais ou é crédulo demais quem acredita no Bolsonaro”, afirmou Oyama. Em concordância, Diogo Schelp comparou a maneira como o presidente reagiu à prisão do seu desafeto, o governador do Rio de Janeiro afastado Wilson Witzel. “Era esperado que o governo federal se afastasse de qualquer relação com o Crivella. Mas Crivella foi apoiado pelo presidente Bolsonaro. E quando o acusado foi Witzel, houve comemoração no Palácio do Planalto. Agora, o que se vê é um silêncio”, afirmou. Tomé Abduch, por outro lado, defendeu que a prisão de Marcelo Crivella “não deve ser colocada de maneira alguma na conta do presidente”. O comentarista argumentou que deve-se levar em conta que Jair Bolsonaro apoiou a candidatura de Marcelo Crivella nas eleições municipais de 2016 em um contexto em que o outro principal candidato à prefeitura do Rio de Janeiro era Marcelo Freixo, do PSOL. Oyama rebateu o posicionamento reiterando que Bolsonaro voltou a apoiar Crivella em 2020, em um vídeo intitulado “essa parceria é nota dez”.

Para Diogo Schelp, a prisão do prefeito demonstra como os detentores do poder “não se acanham em criar novos esquemas de corrupções”. “Isso mostra que as punições são importantes, mas não bastam. É preciso melhorar as instituições”, pontuou. O comentarista lembrou, ainda, que o Rio de Janeiro foi classificado como um dos três estados com menos transparência nos gastos relacionados à pandemia. “É um exemplo que a agenda da corrupção não pode ser abandonada”, concluiu. Tomé Abduch acrescentou que o presidente Jair Bolsonaro demonstra “maturidade” ao permitir que tantas operações contra corrupção aconteçam. “Temos visto cada vez mais políticos e empresários irem presos”, comemorou. “Só bater, bater e bater é complicado”, disse à respeito das críticas ao governo federal.


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