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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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O Brasil gastou demais no combate à pandemia da Covid-19?

Até outubro, os gastos com a pandemia somaram R$ 452 bilhões, segundo o Tesouro Nacional, com uma previsão de R$ 587,7 bilhões até o fim do ano

Diante da pandemia de Covid-19, o governo não poupou dinheiro com o auxílio emergencial e com programas setoriais para ajudar a economia. Até outubro, os gastos somaram R$ 452 bilhões, segundo o Tesouro Nacional, com uma previsão de R$ 587,7 bilhões até o fim do ano. Mas agora, enquanto a ansiedade pela crise diminui, uma pergunta ronda os investidores estrangeiros: será que o Brasil não gastou mais do que podia? O país, afinal, tem o sexto maior gasto do mundo na comparação com o PIB (Produto Interno Bruto).

Na semana que passou, classificando de “abordagem de país rico” a resposta brasileira à Covid-19, a Bloomberg fala de uma rebelião do mercado financeiro contra o Brasil. Até 22 de outubro, o saldo estrangeiro na B3 estava negativo em R$ 66,2 bilhões. Além de vender ações, o investidores estrangeiros têm deixado de comprar reais, derrubando a moeda brasileira em um ritmo quase sem paralelo no mundo. Eles estariam aceitando comprar apenas títulos do governo, mas só os de curto prazo. Será que há lógica nessa crítica e o Brasil deveria ter gastado menos? Uma maneira de responder é olhar o que deve acontecer com a economia esse ano.

Projeção 2020

O PIB do Brasil deve cair 4,8% este ano, segundo projeção do último Boletim Focus, do Banco Central. Já a economia da França e do Reino Unido devem ter retração de 10% este ano. Os Estados Unidos devem cair 5,5%, quase o mesmo da Alemanha, 5,4%. Neste ponto, os defensores de uma resposta mais ampla podem dizer que os gastos contra a Covid-19 evitaram o pior. Mas, se o analisado é a proporção de gastos na comparação com outros países emergentes e a previsão do PIB, esse cenário fica mais complexo.

 Dívida x PIB – Projeção 2020

As despesas com a Covid-19 elevaram a dívida pública a 90% do PIB. Mas também na comparação com a América Latina o Brasil deve cair menos. Menos 4,8% contra até -12,8%. Mas no pós-pandemia o país certamente terá menos margem para gastos do que os demais países, com dívidas bem mais baixas. E é isso que importa. Os gastos maiores agora vão importar menos se o país cortar despesas. Vai dar para dizer que foi um custo alto, mas que valeu a pena, evitando uma crise pior. Mas se a dívida continuar nesse patamar ou mesmo subindo, sem reformas e privatizações, o país deve ter mais dificuldades do que os demais. Ou seja, mais do que o que já gastamos, importa mesmo o que vamos deixar de gastar.


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