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Domingo, 20 de Outubro de 2024
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Saldo inicial da missão Brasil-China é positivo para o agro 

China é hoje o principal destino da carne bovina do Brasil

O fim da suspensão temporária dos embarques da carne bovina do Brasil para a China, a habilitação de quatro novos frigoríficos (algo que não acontecia desde 2019) e a retomada do embarque de duas plantas que estavam embargadas são boas notícias para o agronegócio brasileiro, que tem como meta ampliar o relacionamento com o país asiático na pauta de carnes. É esperado também que se inicie uma renegociação do atual protocolo sanitário da exportação bovina de forma que não sejam realizados autoembargos sem gatilhos que garantam o retorno das negociações se houver investigações como o de casos atípicos de vaca louca. É preciso rever a prática a fim de evitar prejuízos ao setor pecuário. A China é hoje o principal destino da carne bovina do Brasil e a ausência de vendas em função do embargo no último mês gerou queda de quase 5% no preço da arroba do boi em São Paulo, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP). Ou seja, Pequim mexe com o mercado e gera efeitos importantes na cadeia pecuária devido à alta concentração que tem no destino de nossos produtos.

O país asiático é o principal parceiro comercial do Brasil. Um estudo realizado pelo Conselho Empresarial Brasil China (Cebri) indicou que a participação dos chineses nas nossas exportações totais saltou de 17,2% em 2012 para mais de 31% em 2021. As vendas do agro para a China somaram mais de U$ 50 bilhões em 2022. A soja e a carne bovina são os primeiros itens da pauta agroexportadora. No agro, os chineses também são nosso principal mercado, representando quase 32% das nossas exportações. Só no ano passado, os embarques para lá somaram US$ 50,79 bilhões, incremento de 23,8% ante 2021.

Principais produtos exportados para a China em 2022

A aliança sino-brasileira tem várias complementaridades, como essa em que o Brasil produz commodities agrícolas e a China precisa importá-las para garantir sua segurança alimentar. Ainda assim, cabem reflexões, como a de um artigo da Unicamp que questiona: O Brasil alimentará a China ou a China engolirá o Brasil? A premissa dessa relação virtuosa esconde a possibilidade de a China “engolir” o Brasil, quer seja fomentando competidores internacionais, quer seja financiando apenas iniciativas do seu interesse e que restrinjam o desenvolvimento econômico brasileiro, escrevem os autores do texto, Pedro Abel Vieira, Antonio Buainain e Eliana Figueiredo.

A diretora de relações internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori, concorda que a concentração de destinos e produtos para um único cliente é um risco, mas sugere que as vendas para China sejam aumentadas. “Quando me perguntam se o Brasil deveria vender menos para a China, eu digo: de forma nenhuma. A gente tem que vender muito mais. O que acontece é que temos que vender para outros mercados também, para não ficarmos na dependência de um só. É um risco, a gente precisa diversificar destinos e produtos”, diz Mori. Na próxima semana, o presidente Lula chegará à China e se juntará à missão brasileira. Lula já esteve na Argentina, Uruguai e Estados Unidos. Nas últimas visitas internacionais, nenhum grande e importante acordo para o agro foi anunciado. Vamos aguardar os desdobramentos da viagem à China para verificar se o saldo pode melhorar. Por enquanto, começou bem com as notícias do setor de carnes.

Acompanhe algumas das demandas de diferentes setores do Agro na China: 

Carne de aves e suínos

Frutas

Algodão

Arroz

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.


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