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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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Banco vê início do ciclo de baixa para commodities agrícolas em 2021

Segundo autor de estudo sobre ciclo de baixa para commodities agrícolas, a expectativa é que o preço do milho caia

Em relatório, o Bradesco BBI fez uma análise sobre ciclos de alta e baixa das commodities agrícolas desde a década de 70 e concluiu que está começando um período baixista para preços que vai durar até 2024. O banco destaca alguns fatores para explicar a projeção. 1. A China, maior importador mundial, deverá reduzir a demanda por grãos a partir dos próximos meses em função das margens negativas vistas em junho na produção de suínos no país. O banco afirma que há alta correlação entre as compras chinesas e os preços das commodities agrícolas e acredita que a China vai decepcionar do lado das compras, com ajustes via corte de demanda que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos não está projetando em relatórios. 2. Os preços do petróleo vão ser menores em 2022 e 2023 diante da expectativa de que os Estados Unidos vão aumentar a produção e a OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo – aumente também a oferta, o que geraria queda de preço. Segundo o banco, o petróleo se relaciona com os custos de produção dos fazendeiros. Quanto maior o custo, menor tende a ser a produção agrícola e vice-versa. 3. Início da alta dos juros nos Estados Unidos a partir de 2022. Existe uma correlação negativa entre juros e preços de commodities agrícolas. Normalmente, quando os juros sobem, o dólar se fortalece e as commodities agrícolas ficam menos atrativas, o que levaria à queda nos preços. Segundo Leandro Fontanesi, autor do estudo, os preços cairão até 30%. “China corta demanda por grãos, o preço do petróleo cai nos próximos dois anos, juros sobem e a gente tem um bear cycle, a gente acredita que vai ser em linha com os ciclos de baixa históricos que duram em média 3 anos e meio. Será mais intenso no começo, a gente espera uma queda de 30% nos preços das commodities agrícolas até 2024 e em 2022 cairia em torno de 20%.”

A visão do banco é mais pessimista em relação a preços e difere da média do mercado. O banco construiu um Índice Agrícola que pondera os preços do trigo, milho, soja, óleo, açúcar e algodão e leva em conta a alta correlação dos produtos que competem por área e são substitutos em alimentação animal e biocombustíveis, por exemplo. O Bradesco afirma que foram identificados 8 ciclos de alta e 5 de baixa desde a década de 70 até agora, 2021. Os ciclos de alta duraram 2 até, no máximo, 3 anos e geraram uma média de 20% de alta nos preços. Já os de baixa duram de 3,5 até 5 anos com média de queda de 10% ao ano. Segundo Leandro, mesmo que o clima prejudique a oferta da safra e a produção agrícola for menor do que o esperado, o que dá conforto ao banco com relação à visão de que os preços vão cair é que a China, principal comprador, está perdendo dinheiro com os atuais patamares dos grãos. Por isso, a previsão é de queda para alimentos e inflação no Brasil.

“A expectativa é que caia o preço da soja, do milho, do trigo e, por sua vez, o preço da carne também. Tem um excesso de carne de porco na China e não está rentável, a gente acredita que a China vai cortar as importações de carne, vai ter preço menor de carne no Brasil porque vai sobrar mais carne aqui. Conjunto de preço de carne menor e grãos menores pode ser um fator para baixo da inflação”, afirmou Leandro. O agronegócio e a sociedade brasileira precisam acompanhar de perto as diferentes análises sobre o ciclo de preços de commodities agrícolas já que têm alta importância para a expectativa de renda no campo, os custos de produção e formação de preço de alimentos e inflação no Brasil. Muitas decisões estão sendo tomadas, eis aqui mais uma fonte que merece análise na nossa audiência.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.


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