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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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Brasil tem seu serviço secreto, mas precisa se modernizar para não ficar atrasado

General Augusto Heleno é o ministro-chefe da Agência Nacional de Inteligência

Todo governo tem ou deveria ter um serviço de inteligência eficiente. Um grupo agindo dentro da lei, avaliando notícias públicas, o que dizem por aí, quem é o novo indicado para ocupar cargo público e antecipar o governante em fatos que estão para acontecer. Um órgão assim deve sempre ser formado para proteger o poder público. O serviço deve também dar segurança física, avaliar o local onde vai o presidente ou governador para dar um panorama e evitar atentados. Assim deve ser o trabalho. São os agentes secretos. Ninguém sabe quem são, fazem concurso público através de números e assim são contratados, sem a identificação até na folha de pagamento. Por aqui há este tipo de funcionário infiltrado até nos ministérios. Fazendo investigação, mas trabalhando como se fossem contratados pelo setor. Mas atenção, trata-se de trabalho no limite da legalidade e pode se transformar numa bomba que chega a ameaçar um governo. É preciso controle. Um poder tão grande, garantido pela Constituição, tem no Congresso uma comissão própria para prestar explicações. Os deputados e senadores não sabem o tamanho desta responsabilidade e raramente se reúnem ou cobram dos responsáveis do setor um detalhado levantamento das atividades. A Abin, Agência Nacional de Inteligência é o órgão responsável por este trabalho. No governo atual, a valorização deste setor é evidente e a grande novidade foi interligar trabalhos parecidos em outras esferas. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, acha que conseguiu o controle total do sistema, mas ninguém tem. Só que agora pelo menos há um trabalho conjunto.

Tradicionalmente, além da Abin, ligada ao setor do Palácio, ao governante do momento, cada ministro tem o seu setor de apuração. Os comandantes de armas por aqui tem o seu grupo atuante de agentes secretos. O da Aeronáutica sempre foi o mais eficiente, mas as agências funcionam também no Exército e na Marinha. O mais interessante é que cada setor militar, cada batalhão também monta o grupo especial, chamado de S2. Uma rede que, na Esplanada dos Ministérios, esbarra em colegas. Entre os civis, o Ministério da Justiça tem o mais estruturado setor, que rivaliza com o grupo da Polícia Federal. Não são fantasmas, os agentes secretos existem e alguns até são agentes duplos. A formação militar do presidente e boa parte dos seus auxiliares reforça este tipo de trabalho, repito, necessário. Recentemente, se descobriu que o setor está com um mapa completo do destino dos recursos federais. A Controladoria Geral da União (CGU), que tem na chefia um militar da reserva, ministro Wagner Rosário, conta com um serviço especializado que, munido de um moderno equipamento de inteligência artificial, rastreia em tempo real para onde vai o dinheiro público. Sem sair de Brasília, os técnicos são alertados pelo programa, onde há risco de irregularidade. Preços, tradição de empresas para a venda do determinado produto, entrega, endereço da empresa, cruzamento de outras vendas e irregularidades praticadas pelo vendedor, tudo isso é cruzado na velocidade de um comando. Só depois entra o humano e vai no local certo, com todos os dados e já acionando a Polícia Federal.

O grande perigo de serviços assim é o controle de dados e informações. Chantagens, manipulações e uso inadequado são comuns. Na disputa política, uma informação como nome e endereço e fotos de um caso amoroso secreto de um ministro, deputado, senador ou funcionário público é uma bomba. Isso, para não falar em ações dentro do próprio governo. Os equipamentos de espionagem ficaram mais eficientes e menores. A portabilidade permite que a escuta se estenda para telefones, aplicativos, duplicação de equipamentos como computadores e celulares. A vida se transformou num grande “Big Brother”. Se para a vida particular os fuxicos dificultam vidas, no mundo duro da política, informações podem mudar destinos até do país. No momento, a dificuldade nova para o setor é o reequipamento. É preciso modernizar e ir na frente do serviço paralelo. A chamada contrainformação. No Palácio, o grupo de inteligência controlado pelo grupo civil do presidente Jair Bolsonaro está na guerra. A disputa é para ser mais forte em patrimônio de informação. A queda de braços fez o vereador Carlos Bolsonaro vir a público dizer que não trabalha para comprar o equipamento mais eficiente do momento, o Pegasus. Esta maravilha tecnológica é capaz de invadir à distância os telefones celulares e captar todas as informações e fazer uma escuta permanente. Ele é israelense, fabricado pela NSO Group. A novidade custa US$ 2,7 milhões. Que as mulheres ciumentas não saibam da existência deste equipamento. Na política, o aparelho está correndo solto e pode ter sido usado para implodir a Lava Jato.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.


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