Noticias - Divulga news
Segunda, 21 de Outubro de 2024
Ola Mundo!


Gabinete paralelo não significa nada, só que Bolsonaro ouve todos os setores antes de agir

Bolsonaro em manifestação de apoio ao seu governo em Brasília, no dia 15 de maio

A solidão do poder maltrata e afasta o dirigente da realidade. Em Cem Anos de Solidão, Gabriel Garcia Márquez relata formas de estar sozinho que aparentemente são confortáveis, mas que, na prática, ferem e fazem as vítimas fugirem da realidade. A solidão da beleza escraviza. Imagine a dificuldade de uma bela ou um belo na escolha dos seus amores e insegurança do milionário a definir os seus amigos e não aproveitadores. O poder também enclausura e, por aqui, os presidentes da República sempre são isolados no Palácio da Alvorada. Passam a gestão com grupos pequenos de interlocutores e vendo emas pastarem nos amplos jardins. O Palácio é grande, impessoal e cercado. Mais de 200 seguranças convivem com a família do presidente de plantão. Todos os ex-presidentes reclamaram do ambiente. 

O presidente Jair Bolsonaro não é exceção. Difícil ficar à vontade com tantos desconhecidos rondando ao redor. A diferença é que o presidente está rodando o país e foge da marcação pesada. O álibi é a moto. Nas voltas pelo Distrito Federal, o presidente conversa com populares, sente o clima das pessoas sem relação com o poder e se humaniza. Isto não é gabinete paralelo, mas ‘de volta para a realidade III’. Um gabinete popular, que não é paralelo. Um amigo de longa data do presidente Jair Bolsonaro aconselhou a abertura do Palácio. A ideia era fazer reunião com amigos, receber pessoas de fora do governo e fazer o ambiente frequentado. No início foi assim, mas o jeitão Bolsonaro prevaleceu e ele sai por aqui comendo pastel, cachorro-quente e frango assado.

 

O relator da CPI da pandemia do Senado, que investiga a cloroquina, senador Renan Calheiros, diz que já tem provas de que o presidente despacha com interlocutores importantes na gestão da saúde, o tal gabinete paralelo. Os “independentes” da CPI concluíram e documentaram finalmente que o presidente Jair Bolsonaro está trabalhando. Esta é a principal atividade do gestor: ouvir e decidir. Quando se reúne com empresários, ou participa do conselho, não é poder paralelo, mas o gestor avaliando decisões importantes a serem tomadas. Isto não significa isolamento do ministro da Economia, Paulo Guedes. Na Saúde é a mesma coisa. O presidente ouve representantes de setores, profissionais e o auxiliar oficial, o ministro da Saúde, para tomar decisões. O ministro manipular o presidente ou obrigar o presidente a ir em atos seria mais ou menos como o rabo balançar o cachorro e não o contrário. Portanto, o tal gabinete paralelo não significa nada, além da confirmação de que antes de agir o presidente ouve todos os setores, o que é positivo. Seria crime se houvesse vantagens pessoais diante de decisões do governo e neste setor, a CPI não encontrou nenhum indício.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.


Noticias do mundo

Voltar

InícioInício

Divulga news Copyright © 2024
Criado por:  Nandosp