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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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Vinhos e Páscoa: confira como harmonizar tradicionais doces da data com a bebida

Taylor's LBV 2017 combina com os doces típicos portugueses da Páscoa: o Folar com Ovo e a Tarte de Amêndoa Caseira

Sempre que chega a época da Páscoa a ideia do chocolate vem junto com o mito do “Coelhinho da Páscoa”,  que, em verdade, representa a fertilidade, o nascimento e a esperança da vida, próprios da Páscoa, seja a Páscoa Judaica (Pessach), a Católica (Calendário Gregoriano) ou a Ortodoxa (Concílio de Niceia). Vale lembrar que, enquanto os judeus comemoram a passagem da escravidão para a libertação, os cristãos comemoram a passagem da morte para a vida durante a ressurreição de Jesus Cristo, o Messias. Até o século IV, a Páscoa Judaica era comemorada no mesmo dia da Páscoa cristã, quando, pelo Concílio de Niceia, houve uma unificação de datas. Seja Judaica, Cristã Católica ou Cristã Ortodoxa, o espírito da Páscoa é o de libertação e mudança, transformação mesmo, e, sendo uma data festiva, há liturgias que nos trazem doces e razões para se celebrar a vida.

Na Pessach, o doce que predomina é a Compota de Pessach, preparada com damasco seco, uva passa, ameixa preta, numa emulsão de vinho branco doce (kosher) e que se faz acompanhar muito bem de um vinho branco, bem refrescado, Léon Beyer Alsace Gewurztraminer. A Colomba di Pasqua, que é um bolo de Páscoa tradicional italiano, chamado de pão de Páscoa e assado em forma de pomba, para simbolizar a paz, fica muito bem acompanhado de uma taça do Cesari Recioto della Valpolicella Classico, que tem uma acidez incrível, contrastando com um dulçor muito presente. A Pasimata, um bolo toscano de Páscoa com uma longa e trabalhosa preparação, que leva sementes de anis e casca de laranja e se assemelha, em textura, ao panetone, pede um bom vinho santo – por exemplo, o da Tenute Rossetti, o Vin Santo del Chianti “Il Nostro” DOC, que harmoniza com uma perfeição ímpar com esta iguaria. Ainda da Itália, especialmente do Sul e da Sicília, temos a Pastiera di Grano, que é uma torta com um recheio de trigo cozido em leite e ricota e que pede um Passito de Pantelleria para acompanhá-la. Sugiro o Donnafugata Passito di Pantelleria “Ben Ryé” DOC, que, ao meu ver, é um dos melhores a disposição no mercado nacional.  

A Grécia é um país onde o cristianismo ortodoxo é predominante, e o doce muito popular da Páscoa ortodoxa é o Melomakarona, um biscoito úmido de mel, com especiarias e coberto de nozes, que vai muito bem com o tradicional vinho grego de sobremesa — por exemplo, o Cambas Mavrodaphne de Patras PDO, ou mesmo com um espumante Moscatel nacional, como o Luiz Argenta Jovem Moscatel. Os espanhóis, na Páscoa, costumam ter à mesa a famosa Mona de Páscoa, uma torta doce, em forma de rosca, que leva amêndoas e chocolate amargo. Harmoniza de forma ímpar com uma taça do chamado Jerez “PX”, que, doce e aromático, compõe um cenário delicioso. Sugiro o Jerez Pedro Ximenez Viña 25 – La Ina ou mesmo o nacional Vinho Fortificado Aurora Jerez Pedro Ximenez, que não faz feio. Portugal, por seu turno, guarda uma doçaria única, rica em ovos e suas gemas e que, na Páscoa, toma para si um protagonismo todo especial.

O Folar com Ovo, uma versão lusitana do Mona de Páscoa Espanhol, e que, no Alentejo, a tradição de Páscoa não o dispensa, de massa doce e aromática, e a Tarte de Amêndoa Caseira, comum mais ao norte do país, são os pares perfeitos para o Vinho do Porto, chamado de vinho da amizade. Sugiro, para estes doces, o Taylor’s LBV, por exemplo o 2017, ou mesmo um Tawny, que pode ser da própria Taylor’s ou um Murças 10 anos Tawny, ambos soberbos. Seja com que doce for, com quem seja, com o vinho que for, o que importa é estar aberto às transformações que a Páscoa nos traz, ao nascer de uma nova era e esperanças, que, à mesa, nos fazem lembrar nossa cumplicidade com a felicidade. Salut! 

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.


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