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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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Saiba como proteger os seus dados contra megavazamentos

Autoridades foram notificadas sobre segundo vazamento de dados em um mês

O maior vazamento de dados da história do país, que ocorreu no último mês, deixou os brasileiros em alerta ao expor 223 milhões de números de CPF (incluindo dados de pessoas falecidas), além de outras informações confidenciais como endereços, fotos de rosto, renda e demais dados financeiros, escolaridade, benefícios do INSS e cadastros em programas sociais, entre outros. Ainda foram liberados 104 milhões de registros de veículos e 40 milhões de CNPJs. Menos de um mês após a ação criminosa, nesta quarta-feira, 10, o laboratório de cibersegurança da PSafe notificou as autoridades sobre um novo incidente, que teria revelado informações relacionadas a mais de 100 milhões de contas de celular — o equivalente a quase metade da população do Brasil, estimada em 209,5 milhões de habitantes. Segundo a PSafe, o material carrega informações individuais dos cidadãos, como os minutos gastos com ligações, valores de faturas e informes sobre atrasos no pagamento de linhas. Incluindo os dois episódios de vazamento, as bases de dados confidenciais estão sendo comercializadas por criminosos em redes anônimas da “deep web“, uma camada da internet que não pode ser encontrada por buscadores como o Google.

Em entrevista à Jovem Pan, o advogado especialista em direito do consumidor, Marco Antônio Araújo Júnior, esclareceu como os cidadãos que tiveram seus dados vazados podem sentir as consequências no cotidiano. “Dados sensíveis das pessoas, como CPF, RG, título de eleitor, dados bancários, cartão de crédito, renda, score bancário e dívidas, estão disponíveis para acesso na ‘deepweb e na darkweb‘. Desta forma, quadrilhas de criminosos digitais podem praticar diversos golpes e colocar em risco a segurança dos cidadãos. Para além disso, mal-intencionados podem usar estas informações para abrir conta em bancos e tomar empréstimos em nome do consumidor, realizar compras na internet, mudar o número do telefone celular, invadir computadores pessoais ou, até mesmo, aplicar o golpe de pedir dinheiro emprestado em nome das vítimas nos aplicativos de comunicação”, disse. Já a Head da área de Proteção de Dados do Tauil & Chequer Advogados, Cristiane Manzueto, explicou que mesmo as pessoas que não foram vítimas do ataque devem “aumentar a preocupação com seus dados pessoais no ambiente digital, buscando novas medidas para se proteger de novos vazamentos“.

Confira como proteger seus dados no meio digital:

É possível descobrir se meus dados foram vazados? 

Segundo Cristiane Manzueto, conferir se os dados foram vazados por meio de plataformas digitais, e-mails ou ligações, “por mais inocente que pareça”, não é uma boa saída. “Em caso de suspeita de vazamento de dados, a pessoa deve entrar em contato diretamente com as organizações controladoras de seus dados, como as empresas provedoras de serviços que possuem acesso às suas informações pessoais, para questionar se seus dados estão entre os expostos. Em caso afirmativo, também é necessário perguntar quais deles foram atingidos.” De acordo com a Head de Proteção de Dados, é preciso manter-se em alerta, já que comumente os cidadãos desinformados caem em armadilhas nas redes ao tentarem checar a segurança de suas informações. “E-mails ou ligações que declarem que seus dados foram expostos não devem ser respondidos. Sites suspeitos também não podem ser utilizados para verificar o vazamento pois, geralmente, os dados são novamente solicitados, aumentando sua exposição”, concluiu.

Meus dados foram vazados, e agora? 

Para Marco Antônio Araújo Júnior, a primeira atitude a ser tomada por quem descobriu que seus dados foram expostos é avisar as pessoas próximas sobre o vazamento. Desta forma, a vítima, seus parentes e amigos ficam menos suscetíveis aos golpes digitais. “Muitas vezes o golpe não acontece diretamente com o consumidor, mas com aqueles que estão estão na agenda de telefone dele”, afirmou. Além disso, segundo Marco Antônio, outras medidas devem ser tomadas, como:

Como proteger meus dados contra novos vazamentos? 

Para resguardar as informações pessoais, com o objetivo de que não façam parte de novas bases de dados comercializadas em fóruns digitais criminosos, Cristiane Manzueto alerta que os usuários devem permanecer atentos durante simples atividades online do cotidiano. Desta forma, segundo ela, entre as condutas de segurança estão desacostumar a “aceitar os Termos de Serviço” sem efetuar sua leitura completa e não acessar sites suspeitos. Confira outras ações fundamentais, indicadas pela especialista, para proteger-se contra futuros ataques:

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) altera as formas de cuidar dos dados na internet?

“Com a aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados, a partir de 19 de setembro de 2020, as empresas precisam reavaliar seus procedimentos de segurança e privacidade, deixando claro para os usuários como seus dados pessoais estão sendo utilizados. Além disso, com a LGPD, o cidadão tem o direito de exigir que suas informações não sejam repassadas para terceiros, podendo retirar o consentimento das informações fornecidas a qualquer momento”, esclareceu o especialista em direito do consumidor. Segundo Marco Antônio Araújo Júnior, caso empresas cometam erros que resultem em vazamentos de dados, diversas punições podem ser aplicadas seguindo a LGPD, como uma multa de até R$ 50 milhões. Até o momento, não se sabe quais instituições tiveram suas bases de dados invadidas, no entanto, a Polícia Federal investiga a origem dos vazamentos.


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