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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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Discurso de Lira reforça percepção de que impeachment de Bolsonaro não está no radar do Centrão

Para um correligionário, fala de Lira "jogou água no chopp" de um grupo de congressistas

O pronunciamento do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em resposta às manifestações bolsonaristas desta terça-feira, 7, reforçou a percepção de lideranças do Congresso de que, neste momento, apesar da mobilização de alguns partidos políticos de centro, como o PSD, o PSDB e o Solidariedade, a possibilidade do presidente Jair Bolsonaro ser alvo de um processo de impeachment é residual. Na avaliação de um correligionário, a fala do parlamentar do PP “jogou água no chopp” de um grupo de congressistas.

Deputados que são próximos a Lira costumam dizer que, embora não haja dúvidas de que Bolsonaro cometeu diversos crimes de responsabilidade ao longo do mandato, a decisão sobre a abertura de um processo de impeachment depende, sobretudo, de condições políticas, como a presença massiva de opositores do governo federal nas ruas. Reservadamente, parlamentares também afirmam que, enquanto tiver o controle de um montante expressivo em emendas, o que lhe garante influência junto aos pares e pode pavimentar seu caminho na busca pela reeleição para o comando da Casa, por exemplo, o presidente da Câmara dos Deputados não irá se voltar contra o mandatário do país. “Isto não quer dizer que o Centrão não pensa em pular do barco. Mas significa que, por ora, o governo ainda tem o que oferecer”, resume um aliado.

Para o deputado federal Fábio Trad (PSD-MS), embora Bolsonaro ainda tenha maioria no Parlamento, a articulação dos partidos políticos é necessária. “A leitura que faço é que o discurso do presidente da República está tipificado na lei que estabelece os crimes de responsabilidade. Ninguém pode se arvorar ao direito de descumprir uma decisão judicial. A mobilização dos partidos, além de necessária, é um dever ético. Caso contrário, os partidos estarão sendo cúmplices de sublevação, de desobediência. Se o presidente pode descumprir uma ordem do STF, o governador não pode descumprir decisão do STJ? O cidadão comum não pode descumprir uma determinação do juiz de primeira instância? Precisamos de uma reação em defesa da coesão social, da estabilidade, da vida em comunidade. É preciso que haja mais celeridade na mobilização dos partidos. O tom precisa ser mais assertivo. Vi muitas notas em defesa do Estado democrático de Direito, mas sem proatividade e sem perspectiva de ação. A cada postergação dos partidos do campo democrático, o presidente avança uma casa”, afirmou à Jovem Pan.


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