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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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Diretora da Precisa nega oferta de US$ 10 por dose da Covaxin e contradiz versão do governo sobre invoice

Diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades depôs nesta quarta-feira, 14

Em seu depoimento à CPI da Covid-19, a diretora técnica da Precisa Medicamentos Emanuela Medrades apresentou uma versão que contradiz as informações apresentadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro em uma coletiva de imprensa no dia 23 de junho. Aos senadores, a funcionária da empresa que intermediou a compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, afirmou, nesta quarta-feira, 14, que a primeira invoice (nota fiscal) foi enviada ao Ministério da Saúde no dia 22 de março. No dia 23 de junho, porém, às vésperas do depoimento dos irmãos Luis Ricardo Miranda, chefe de Importação do Ministério da Saúde, e Luis Miranda (DEM-DF), deputado federal, à comissão, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, e o ex-secretário-executivo da pasta Elcio Franco Filho disseram que o governo recebeu o documento nos dias 18 e 19 de março.

A versão apresentada no fim de junho pelo governo coincide com as informações repassadas à CPI da Covid-19 por Luis Ricardo Miranda e pelo consultor técnico do Ministério da Saúde Willian Amorim Santana – os dois disseram que tiveram contato com a invoice no dia 18 de março. Nesta quarta-feira, porém, Emanuela Medrades afirmou que eles mentiram, desafiou as duas testemunhas a comprovarem suas versões e aceitou fazer uma acareação na comissão, procedimento que deve ser realizado, de acordo com o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM). No início da sessão, porém, o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), exibiu um vídeo no qual Emanuela afirma, no dia 23 de março, em audiência no Senado, que enviou a nota fiscal ao governo federal “na quinta-feira passada”, ou seja, no dia 18 de março.

Em seu depoimento, Emanuela Medrades negou que haja irregularidades na compra da Covaxin – o contrato de aquisição do imunizante está na mira da CPI da Covid-19, da Controladoria-Geral da União (CGU), do Tribunal de Contas da União (TCU), da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF). O acordo foi suspenso pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. “Quando se suspende um contrato, o primeiro a ser avisado é o contratante. Então, a Precisa foi comunicada que estava suspenso o contrato. A Precisa precisava procurar saber as razões da suspensão. Caso contrário, terá um prejuízo muito grande. Vocês passaram dias trabalhando na Índia. Há um investimento para trazer as vacinas ao Brasil. Como a Precisa não sabe por que foi suspenso? Eu disse que o Queiroga [ministro da Saúde] ia suspender e cancelar. Falta pouco para chegar nisso, vai dar prejuízo à Precisa. Suspenderam o contrato sem nenhuma justificativa à Precisa?”, questionou o presidente da CPI. “Não colocaram nenhuma justificativa plausível e temos ciência de que não há irregularidades”, rebateu Emanuela.

À CPI, Emanuela também negou que a Precisa tenha ofertado a Covaxin ao governo federal no valor de US$ 10 por dose. No entanto, um documento enviado pelo Ministério da Saúde à comissão mostra que, em uma reunião em novembro de 2020, o imunizante foi ofertado a US$ 10. No contrato assinado entre União e a Bharat Biotech, cada dose custaria US$ 15. “Essa memória de reunião foi unilateral, confeccionada pelo Ministério da Saúde e que nós, parte da reunião, não tivemos oportunidade de ler, assinar ou validar o que estava escrito. Posso garantir que não houve nenhuma oferta de 10 dólares por dose e nós o tempo todo tentamos que esse produto fosse mais barato para o Brasil”, disse a diretora da empresa.


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