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Sabádo, 19 de Outubro de 2024
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Confira o que foi falado na reunião que tornou Bolsonaro inelegível

Encontro com chefes de missões diplomáticas no Brasil aconteceu no dia 18 de julho, menos de três meses antes das eleições de outubro

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria para tornar o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) inelegível. O voto decisivo veio na manhã desta sexta-feira, 30, quando a ministra Cármen Lúcia disse acompanhar o relator Benedito Gonçalves e votou pela inelegibilidade. Ainda faltam dois votos para que o julgamento seja encerrado. Bolsonaro é acusado de abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicações após a realização de uma reunião com embaixadores em 18 de julho de 2022. Na ocasião, Bolsonaro falou sobre o sistema eleitoral e apontou supostas falhas nas urnas eletrônicas. Utilizando materiais de diversos sites de notícias, o presidente apresentou para os embaixadores críticas ao sistema eleitoral, listando eventos que colocariam, em sua visão, a segurança do processo eleitoral em xeque. Um dos argumentos apresentados pelo mandatário é de que o sistema eletrônico utilizado pelo Brasil só é utilizado em outros dois países. “Nós temos um sistema eleitoral que apenas dois países no mundo usam. No passado alguns países tentaram usar, começaram a usar esse sistema e rapidamente foi abandonado. Repito: o que nós queremos são eleições limpas, transparentes, onde o eleito realmente reflita a vontade da sua população”, afirmou o então presidente na ocasião.

Bolsonaro também falou sobre o convite feito pelo TSE, através do então presidente da Corte, ministro Edson Fachin, para que a observadores internacionais viessem ao Brasil para acompanhar o processo eleitoral, dizendo não saber o que eles viriam fazer no país, já que não existe maneira de acompanhar a apuração. “No Brasil não tem como acompanhar a apuração. Eu não sei o que vêm fazer observadores de fora aqui. Vão fazer o quê? Vão observar o quê? Se o sistema é falho, segundo o próprio TSE, é inauditável também, segundo uma auditoria externa pedida por um partido político, no caso o PSDB, em 2014”, afirmou o mandatário. Por fim, o chefe do Executivo também citou o caso dos hackers que invadiram o sistema do TSE, afirmando que eles poderiam transferir votos entre candidatos. “Os hackers ficaram por oito meses dentro dos computadores do TSE, com códigos-fontes, com senhas e muito à vontade dentro do Tribunal Superior Eleitoral. E diz ao longo do inquérito que eles poderiam alterar nomes de candidatos, tirar votos de um e transferir para outro. Ou seja, um sistema, segundo documentos do próprio TSE e conclusão da Polícia Federal, um processo aberto a muitas maneiras de se alterar o processo de votação”, continuou Bolsonaro.

Em nota emitida na época do encontro, a Secretaria Especial de Comunicação Social do governo federal afirmou que a reunião com os chefes de missões diplomáticas tinha como objetivo sublimar o seu desejo de “aprimorar os padrões de transparência e segurança” do processo eleitoral do país. Além disso, o órgão salientou que a prioridade do então presidente era assegurar que a “vontade do povo brasileiro prevalecesse” nas eleições de outubro. Por sua vez, o TSE esclareceu que a invasão do sistema da Corte “não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018”, uma vez que o “código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação”.


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