Dez dias após suspender o acordo de grãos, a Rússia bloqueou quase todos os portos da Ucrânia, afimou nesta quinta-feira, 27, o exército ucraniano. A Ucrânia, que acusa o país de Vladimir Putin de estar sabotando as exportações, voltou a pedir reforços de aliados para reagir aos ataques nas regiões portuárias. “Precisamos de mísseis e defesa aérea. Reforçados, poderosos, modernos e capazes de combater os tipos de mísseis que o inimigo usa contra nós”, disse a porta-voz do Exército ucraniano, Nataliya Gumenyuk. O acordo de grãos entre Rússia e Ucrânia foi assinado em 2022, com mediação da Turquia. No dia 17 de julho deste ano, o Kremlin informou que não iria renová-lo porque, segundo o governo, “as obrigações estabelecidas no memorando entre Rússia e ONU sobre a retirada dos obstáculos para a exportação de alimentos e fertilizantes russos ainda não foram cumpridas”. O acordo vinha evitando uma grande crise alimentar global e reduziu os preços de alimentos em mais de 20% globalmente.
Nos ataques mais recentes, um homem morreu e a infraestrutura portuária foi danificada na região de Odessa, afirmou o governador local, Oleg Kiper. “Os russos lançaram mísseis Kalibr de um submarino no mar Negro.” A Rússia multiplicou seus ataques contra a região de Odessa desde a semana passada. No total, as forças russas lançaram dois mísseis Kalibr e oito drones explosivos Shahed de fabricação iraniana na madrugada de quarta para quinta-feira, informou a força aérea ucraniana. “Os Kalibr atacaram infraestruturas portuárias na região de Odessa. Infelizmente, eles não puderam ser derrubados”, disse a força aérea no Telegram. Por outro lado, a defesa antiaérea destruiu todos os drones Shahed lançados contra as regiões de Khmelnitsky (oeste), Dnipropetrovsk (centro-leste) e Donetsk (leste).
O exército russo afirmou nesta quinta-feira que atingiu aeródromos ucranianos, centros de comando e depósitos de armas ocidentais durante uma nova série de ataques noturnos na Ucrânia. “As forças armadas russas realizaram ataques aéreos e marítimos de longo alcance e alta precisão contra aeródromos, centros de comando das forças armadas ucranianas, oficinas de montagem e depósitos de drones navais e mísseis, de armas e equipamentos militares” ocidentais, declarou o Ministério da Defesa russo em um comunicado.
*Com informações da AFP
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