Nesta terça-feira, 17, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, afirmou que a retirada das tropas dos Estados Unidos do Afeganistão pode ser arriscada caso aconteça “cedo demais ou de maneira descontrolada”. A declaração foi feita depois que o governo do presidente Donald Trump adiantou que uma nova diminuição no número de militares norte-americanos no país estrangeiro será anunciada nesta semana. Stoltenberg argumentou que o Afeganistão “corre o risco de se tornar mais uma vez uma plataforma para os terroristas internacionais planejarem e organizarem ataques” e que o Estado Islâmico poderia reconstruir ali “o califado de terror que perdeu na Síria e no Iraque“.
Mesmo com a retirada do exército dos Estados Unidos, que deve ocorrer antes do dia 20 de janeiro, o Afeganistão ainda contará com a presença de alguns soldados da própria OTAN, que continuarão com a sua missão de treinar, aconselhar e auxiliar as forças de segurança afegãs. “Também estamos empenhados em financiá-las até 2024”, explicou o secretário-geral. Ele afirmou que a organização deseja garantir que o país asiático não seja nunca mais um “porto seguro para os terroristas internacionais”.
*Com informações da EFE