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Domingo, 20 de Outubro de 2024
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Lula diz que exigências da UE para finalização de acordo com Mercosul são ‘ameaças’

Presidente Lula durante a Cúpula sobre Novo Pacto de Financiamento Global, realizada em Paris

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na manhã desta sexta-feira, 23, que as exigências impostas pela União Europeia (UE) para a finalização do acordo do bloco com o Mercosul são uma “ameaça”. A declaração do petista foi feita durante a Cúpula sobre Novo Pacto de Financiamento Global, realizada em Paris, na França. Lula, inclusive, se pronunciou sentado ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, e com a presença do chefe de governo alemão, Olaf Scholz. No discurso, o presidente brasileiro criticou sanções “duras” em caso de descumprimento de obrigações por parte dos países participantes. “Estou doido para fazer um acordo com a União Europeia, mas não é possível. A carta adicional que foi feita pela União Europeia não permite que se faça um acordo. Nós vamos fazer a resposta, e vamos mandar a resposta, mas é preciso que a gente comece a discutir. Não é possível que nós temos uma parceira estratégica, e haja uma carta adicional que faça ameaça a um parceiro estratégico”, destacou.

O acordo UE-Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) foi anunciado em 2019, após duas décadas de negociações. O processo de ratificação foi, no entanto, bloqueado em março, quando vazaram demandas regulatórias da UE, relacionadas à proteção do meio ambiente e às responsabilidades de cada parte. Na quinta-feira, 22, o ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, declarou à imprensa que o documento adicional dá a “impressão” de que Bruxelas quer “adiar a decisão” de concluir o processo de ratificação entre o bloco e os membros do Mercosul. Os quatro países sul-americanos pretendem responder na próxima semana à proposta da UE. Também na quinta-feira, sindicatos e associações agrícolas francesas pediram a Macron que apresente um “não firme e definitivo” ao acordo comercial com o Mercosul na forma atual. Em fevereiro, o presidente francês declarou que não apoiaria o acordo, caso os países do Mercosul não respeitassem o Acordo de Paris de 2015 sobre o clima e as regras ambientais e sanitárias europeias.

Sobraram críticas também para o Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo Lula, “as instituições de Bretton Woods não funcionam mais nem respondem aos anseios ou interesses da sociedade”. O presidente do Brasil ainda criticou “a maneira muito irresponsável” com que o fundo aprovou empréstimo ao governo de Mauricio Macri na Argentina. “Não se sabe o que o presidente fez com esse dinheiro”, declarou. “Não podemos continuar com as mesmas instituições que funcionam mal, e o mesmo vale para o Conselho de Segurança da ONU. Os representantes de 1945 não podem ser os mesmos de hoje.”


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