Nesta sexta-feira (23), o primeiro-ministro da França, Jean Castex, afirmou que 27 pessoas foram presas por todo o país depois de publicarem mensagens de ódio em suas redes sociais. Em entrevista coletiva, o chefe do governo explicou que as detenções foram realizadas graças à plataforma Pharos, criada para reunir denúncias de mensagens ilícitas na internet. Nos últimos sete dias, o portal recebeu 1.279 novas notificações e ainda estão previstas 123 operações na casa de suspeitos.
O anúncio foi feito uma semana depois do assassinato do professor de história e geografia Samuel Paty, decapitado por exibir charges do profeta Maomé durante uma aula sobre liberdade de expressão. As investigações que estão sendo realizadas pelo Ministério Público Antiterrorista indicam que a execução está diretamente relacionada com com uma campanha lançada nas redes sociais contra o docente. O autor do crime, um refugiado russo de origem chechena, foi morto pelos policiais.
Castex afirmou que pretende reforçar o projeto de lei que pode punir quem divulgar informações na internet que possam colocar uma pessoa em perigo, além de criar uma divisão especializada no monitoramento das redes sociais e aumentar os recursos destinados à plataforma Pharos. Por fim, ele prometeu uma maior proteção aos funcionários públicos que sofrem pressões, como aconteceu com Paty.
*Com informações da EFE