Em seu primeiro discurso diante do Bundestag como novo chanceler da Alemanha nesta quarta-feira, 15, Olaf Scholz falou sobre a nova agenda governamental do país europeu para os próximos anos, citou a necessidade de fortalecer a vacinação na nação para combater a Covid-19, de melhorar as questões ambientais do país e de trazer imigrantes qualificados para contribuírem com a nação, mas de forma controlada. “A Alemanha é um país de imigrantes, está na hora de deixarmos mais fácil o processo de se tornar um cidadão e de integração (…) Vamos tornar vários pedidos de cidadania possíveis, de acordo com a realidade de muitas pessoas neste país”, afirmou. De acordo com o jornal alemão Deutsche Welle, o chanceler chegou a afirmar que pretende que a cidadania de estrangeiros seja obtida por aqueles que estejam morando no país há pelo menos cinco anos, mas não detalhou o funcionamento de trâmites burocráticos deste processo. Hoje, o período mínimo no qual uma pessoa deve viver no país para requerer a cidadania é de oito anos.
O chanceler falou, porém, que as barreiras migratórias serão “limitadas” e que os processos de expatriação de “pessoas de risco” com pedidos de asilo que tenham passado da validade serão implementados com mais rapidez. Scholz também afirmou que o novo governo deve permitir a dupla nacionalidade de seus moradores. Antes, aqueles alemães que conquistavam a cidadania de outros países tinham que renunciar à própria, sem poder manter as duas. Todas as ações devem fazer parte de uma nova lei de imigração planejada pela coalizão entre sociais-democratas, verdes e liberais. Ela deve se basear em um “sistema de pontos” para atrair pessoas qualificadas. “Qualificações educacionais de pessoas vindas de fora do país devem ser reconhecidas com mais facilidade”, disse Scholz.