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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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Colômbia e guerrilha do Exército de Libertação Nacional retomam negociações de paz na Venezuela

Colômbia e última guerrilha retomam negociação de paz suspenso em 2019

A Colômbia e a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) retomaram as negociações de paz, em Caracas, na segunda-feira, após o processo ter sido suspenso em 2019 pelo então presidente Iván Duque. Delegados do atual presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e do ELN acordaram “retomar com plena vontade política e ética o processo de diálogo”, diz o documento, como “pedem as pessoas dos territórios rurais e urbanos, que sofrem com a violência e a exclusão, e outros setores da sociedade”. O ELN é a última guerrilha reconhecida da Colômbia. Fundada em 1964 por sindicalistas e estudantes simpatizantes de Ernesto “Che” Guevara e da revolução cubana, a organização manteve negociações frustradas com os últimos cinco presidentes do país. Essa retomada visa construir a paz a partir de uma democracia com justiça e mudanças tangíveis, urgentes e necessárias que esta mesa acorde. Segundo o Alto Comissário para a Paz do governo colombiano, Iván Danilo Rueda, este primeiro encontro “está nos dando certezas e a profunda convicção de que vamos alcançar o propósito que nos une: ser filhas e filhos de um mesmo país com mudanças e transformações, mudanças subjetivas que nos levarão a superar dinâmicas de morte”.

As duas partes também agradecem “a persistência, o compromisso e a presença” dos países que atuam como garantidores dos diálogos: Cuba, Noruega e Venezuela, sede deste primeiro contato. Em 4 de outubro passado, após uma reunião em Caracas, representantes de Petro e do ELN tinham concordado em restabelecer o processo com sedes rotativas entre as nações garantidoras. Petro, primeiro presidente de esquerda da Colômbia e ex-guerrilheiro, reativou contatos com o ELN após chegar ao poder em 7 de agosto com o objetivo de retomar as negociações interrompidas em janeiro de 2019 por Duque após um ataque contra uma escola da polícia que deixou 22 mortos, além do agressor.

Depois da suspensão dos diálogos, o ELN aumentou seu contingente de 1.800 a 2.500 membros, segundo estimativas oficiais, tendo a infraestrutura energética e as transnacionais na Colômbia principais “alvos militares”. O delegado do ELN, Pablo Beltrán, afirmou nesta segunda-feira que espera que a mesa de diálogo seja um “instrumento de mudança” na Colômbia após a chegada da esquerda ao poder: “Esperamos não falhar”. “O ELN não assina o que não vai cumprir e cumpre o que assina”, completou Beltrán. Com presença na fronteira com a Venezuela, o ELN tem menos poder de fogo do que as extintas Farc, mas sua base social, formada por milicianos, é mais ampla, segundo pesquisadores. As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) assinaram um acordo de paz em 2016 e se tornaram um partido político.

*Com informações da AFP


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