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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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China promete reação militar se Nancy Pelosi visitar Taiwan

Presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, acenando ao sair do Parlamento após uma reunião com autoridades da Malásia em Kuala Lumpur

A China advertiu mais uma vez os Estados Unidos nesta terça-feira, 2, que uma possível visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara de Representantes americana, à Taiwan, vai ter uma reação militar imediata. “Estados Unidos carregarão a responsabilidade e pagarão o preço por minar a soberania e a segurança da China”, disse à imprensa a porta-voz da diplomacia da China, Hua Chunying. Pequim considera a ilha parte de seu território que deve ser reunificado, inclusive pela força se necessário, e advertiu que vai encarar uma visita de Pelosi à ilha como uma provocação. O ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, afirmou que o “abuso de confiança dos Estados Unidos sobre a questão de Taiwan é desprezível”, em um comentário publicado no site do ministério e que não menciona Pelosi.

A presidente da Câmara de Representantes americana está de viagem pela Ásia e desembarcou nesta terça na Malásia, onde se reuniu com o primeiro-ministro e o presidente da Câmara dos Deputados, na segunda etapa de sua viagem pelo continente, depois de passar por Singapura. O itinerário inclui escalas na Coreia do Sul e Japão, mas a perspectiva de uma visita a Taiwan continua chamando a atenção. Em um comunicado, Pelosi afirmou: “Estamos comprometidos com um amplo leque de discussões sobre a maneira de alcançar nossos objetivos comuns e tornar segura região do Indo-Pacífico”. A vista de Pelosi à ilha ainda é incerta, uma vez que ela não afirmou e nem declinou a possibilidade. Se concretizar, a deputada seria a principal autoridade americana a visitar Taiwan desde Newt Gingrich, então presidente da Câmara de Representantes, em 1997.

Entretanto, vários meios de comunicação de Taiwan citaram os comentários do vice-presidente do Parlamento da ilha, Tsai Chi-chang, de que uma visita de Pelosi é “muito provável” nos próximos dias. O jornal taiwanês Liberty Times citou fontes não identificadas que teriam afirmado que ela desembarcaria na ilha na terça-feira à noite, com uma reunião no dia seguinte com a presidente Tsai Ing-wen. Embora a Casa Branca enfrente uma situação delicada com a viagem, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, disse que Pelosi “tem o direito” de visitar Taiwan. “Não há motivo para que Pequim transforme uma possível visita, coerente com a política americana há tempos, em uma crise”, insistiu.

No final de julho, o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente chinês, Xi Jinping, conversaram por videoconferência. Na ocasião, o chinês pediu ao líder americano para não “brincar com fogo” em relação ao “status” de Taiwan. Segundo a agência de notícias chinesa Xinhua, o presidente Xi disse a Biden que “aqueles que brincam com fogo acabam se queimando”, acrescentando que “espero que o lado americano entenda isso”. Em resposta, Biden respondeu que a “política dos EUA não mudou” e que o país “se opõem, energicamente, aos esforços unilaterais para mudar o ‘status quo’, ou minar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan”. Segundo um relatório do serviço de inteligência dos EUA, caso a visita ocorra, a China está pronta para possíveis demonstrações de força militar que poderiam incluir o lançamento de mísseis no Estreito de Taiwan ou incursões de “grande escala” no espaço aéreo taiwanês. Contudo, o ministério da Defesa de Taiwan afirmou nesta terça-feira que o território está “decidido, capaz e confiante” de que conseguirá proteger a ilha das crescentes ameaças da China.


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