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Domingo, 20 de Outubro de 2024
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Boric lança inédita política de busca das vítimas de desaparecimento forçado

Presidente do Chile, Gabriel Boric, participa da cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Busca no Palácio de La Moneda, na capital Santiago

O presidente do Chile, Gabriel Boric, assinou nesta quarta-feira, 30, um decreto que dá início a uma política sem precedentes de busca às vítimas forçadamente desaparecidas durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). “Tenho a convicção de que a democracia é a memória e o futuro, e não pode ser uma sem a outra”, disse o mandatário chileno durante emocionante cerimônia, que teve a presença de políticos, ativistas dos direitos humanos e parentes das vítimas. “Assumimos a responsabilidade como Estado, e não apenas como governo, de remover todas as barreiras para esclarecer as circunstâncias do desaparecimento ou morte das vítimas de desaparecimento forçado”, enfatizou.

A intenção da iniciativa é organizar uma “política nacional permanente e sistemática” que esclareça o destino dos desaparecidos, calculados em cerca de 1.469 pessoas, das quais apenas 307 foram encontradas. O objetivo está na “localização, recuperação, identificação e restituição dos restos mortais das vítimas de desaparecimento forçado”, todos opositores políticos da ditadura ou militantes de esquerda. “O Estado não respondeu às famílias, nem à sociedade em geral, mas vamos para dar as respostas que o país precisa, pois os desaparecidos são desaparecidos para todos nós”, sublinhou o chefe de Estado chileno.

Um dos desafios mais complexos que esta política enfrenta é “reconstruir as trajetórias das vítimas de desaparecimento forçado, incluindo a sua detenção e sequestro até o seu destino final”. O processo inclui também a prestação de contas à sociedade chilena sobre o andamento dos processos, assim como a implementação de medidas de reparação e garantias de não repetição da prática destes crimes. “O Estado chileno nunca deu uma explicação ou mostrou deferência às esposas, filhos e filhas, mães e pais, netos e netas dos desaparecidos, enquanto suas famílias os procuravam desesperadamente”, disse a presidente da Associação de Familiares de Detidos e Desaparecidos (AFDD), Gaby Rivera, em seu discurso.


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