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Terça, 22 de Outubro de 2024
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Biden quer recuperar influência sobre o Brasil e ganhar apoio contra Rússia na Cúpula das Américas

Joe Biden deixar Cuba, Venezuela e Nicarágua de fora da Cúpula das Américas que acontece entre os dias 6 e 10 de junho

Líderes das Américas se reúnem na Califórnia, nos Estados Unidos, para realização da Cúpula das Américas. Evento que, como apontam o especialista ouvidos pela Jovem Pan, tem como principal objetivo tentar recuperar a influência que os norte-americanos tinham na América Latina. “Não só Joe Biden como outros governantes dos EUA focaram seus esforços na Europa e deixaram a América Latina de lado”, explica o doutor em relações internacionais Igor Lucena. Muito dessa vontade de retomar os laços está associada ao fato de que, diferentemente do que era observado na década de 1990, hoje o principal parceiro comercial de países importantes da América, como: Brasil, Uruguai, Argentina e Peru, é a China. “E Biden se preocupa com essa abordagem que vem se expandindo em relação às políticas de investimentos chinesas”, aponta Lucena.

Contudo, o primeiro dia de realização, na segunda-feira, 6, já foi marcado pelo boicote mexicano. O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, informou que não participará da Cúpula porque o anfitrião não convidou todos os governos da região — Cuba, Nicarágua e Venezuela foram deixadas de lado. O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, chegou ao evento nesta quinta, 9. Os especialistas alertam que não há expectativas quando sua participação. “O papel do Brasil é importante, mas não acredito que vá assumir uma posição muito grande porque está passando por enormes problemas”, aponta o professor de relações internacionais Kai Enno Lehmann, ao pontuar que a cúpula “não é prioridade no momento” e não está sendo feita em um momento certo, visto que alguns países já passaram por eleições presidenciais. Outros, como o Brasil, então no meio de uma campanha eleitoral, além de Biden enfrentar “problemas internos”.

Cúpula das Américas

Para Lucena, o que podemos esperar é uma tentativa de reaproximação do Brasil e os Estados Unidos. “O governo brasileiro se aproximou de Trump, e quando ele não ganhou houve um distanciamento”, relembra Lucena, acrescentando que o encontro que acontece nesta semana pode voltar a aproximar os países e fazer com que “projetos avancem”. Até porque os EUA precisam do Brasil e querem ele que e adote uma postura contra a Rússia, que, desde o dia 24 de fevereiro, está bombardeando a Ucrânia. A cúpula não deve mudar a posição brasileira em relação ao conflito no Leste Europeu. Apesar de Bolsonaro não ter anunciado apoio à Rússia, Lehmann aponta que o país “não tem mais interesse estratégico em se envolver [no conflito]”.

Essa é a primeira vez que Biden e Bolsonaro vão se encontrar cara a cara. Para Lucena, “talvez seja a primeira vez que a gente veja os representantes dos dois países dialogando acordos comerciais e a expansão dentro deste segmento”. “O Brasil é um parceiro econômico importante por causa dos Brics e pelo seu peso na parte de impostação e exportação”, fala o doutor em relações internacionais, lembrando que os brasileiros e os norte-americanos vinham negociando a abertura do mercado dos EUA para os brasileiros. Talvez essa questão avance caso a reunião seja positiva.


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