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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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Banimento de Trump do Twitter abre ‘precedente perigoso’, diz CEO da rede

Jack Dorsey já foi chamado pelo Comitê Judiciário do Senado para testemunhar sobre as políticas de moderação do Twitter

O presidente executivo do Twitter, Jack Dorsey, utilizou a sua própria conta na rede social nesta quarta-feira, 13, para discorrer sobre a decisão de banir o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, da plataforma. Ele afirmou que, apesar de acreditar que a medida foi a melhor solução para o problema, ela também abre um precedente perigoso em relação ao poder que uma entidade tem sobre debates que são de interesse público e global. Trump foi suspenso permanentemente da rede social sob a acusação de incitação à violência após a invasão ao Capitólio no último dia 6, evento que causou a morte de cinco pessoas. Antes disso, o Twitter já vinha marcando várias de suas publicações com alegações de fraude eleitoral como sendo suspeitas.

“Eu não comemoro ou sinto orgulho de termos tido que banir @realDonaldTrump [conta do presidente americano] do Twitter ou de como chegamos a isso. Após um claro aviso de que tomaríamos essa atitude, nós tomamos uma decisão com as melhores informações que tínhamos com base nas ameaças à segurança física dentro e fora do Twitter. Isso foi correto? Eu acredito que essa foi a decisão certa para o Twitter. Enfrentamos uma circunstância extraordinária e insustentável, que nos obrigou a focar todas as nossas ações na segurança pública. Os danos off-line resultantes da fala on-line são comprovadamente reais e o que impulsiona nossa política e aplicação acima de tudo”, escreveu Dorsey.

No entanto, o CEO do Twitter também fez uma espécie de mea-culpa ao dizer que a atitude representava uma falha da rede social em promover uma “conversa saudável” e também abria um precedente “perigoso”. “Ter que banir uma conta tem ramificações reais e significativas. Embora haja exceções claras e óbvias, acho que uma proibição é uma falha nossa em promover uma conversa saudável. (…) Ter que realizar essas ações fragmenta a conversa pública. Eles nos dividem. Eles limitam o potencial de esclarecimento, redenção e aprendizado. E abre um precedente perigoso: o poder que um indivíduo ou empresa tem sobre uma parte das conversas globais públicas”, explicou.

Na sequência, Dorsey mencionou o fato de o Facebook e o Instagram também terem tomado atitudes em relação às contas do presidente. No caso, as duas redes sociais comandadas por Mark Zuckerberg optaram por suspender o acesso de Trump por tempo indefinido, pelo menos até a posse do presidente eleito Joe Biden no próximo dia 20. Recentemente, o Youtube e o Snapchat se juntaram à lista de redes sociais em que o republicano não é bem-vindo. A plataforma de vídeos suspendeu o canal de Trump por sete dias, enquanto o Snapchat tomou decisão semelhante à do Twitter, banindo o presidente definitivamente.

“Se as pessoas não concordarem com nossas regras e aplicação, elas podem simplesmente procurar outro serviço de internet. Este conceito foi desafiado na semana passada, quando vários fornecedores de internet fundamentais também decidiram não hospedar o que consideraram perigoso. Não acredito que isso tenha sido coordenado. É mais provável que as empresas tiraram suas próprias conclusões ou foram encorajadas pelas ações de outros. Este momento pode exigir essa dinâmica, mas a longo prazo será destrutivo para o nobre propósito da internet aberta. Uma empresa que toma a decisão comercial de se moderar é diferente de um governo que remove o acesso, mas pode parecer a mesma coisa (…). Tudo isso não pode destruir uma internet global livre e aberta”, concluiu Dorsey.


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