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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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Presidente da Petrobras diz que paridade internacional ‘deixa de ser único parâmetro’ para preços

Jean Paul Prates tem se posicionado de forma crítica ao PPI, afirmando que política só garante posição confortável ao concorrente

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu, nesta quinta-feira, 2, mudanças na política de preços e de dividendos da estatal. Em sua primeira coletiva de imprensa desde que assumiu o cargo, o ex-senador fez críticas à política de preços de paridade de importação para combustíveis (PPI), afirmou que a empresa estatal pratica preços competitivos para garantir sua fatia de mercado, e ressaltou que o PPI deixará de ser o “único parâmetro” para os preços que serão cobrados. “Para a Petrobras, PPI deixa de ser único parâmetro. Vamos passar por discussão. Toda a empresa faz isso. O PPI vai estar em vigor para o importador e para quem quiser importar. Quem era interventor era o governo anterior. O importador é meu competidor. Me obrigar a praticar o preço do concorrente não faz sentido”, disse.

“Não existe bala de prata. O próprio PPI é uma abstração, parece que virou um dogma. Não é necessariamente assim. O mercado brasileiro é diferente. A questão da política de preços do país é uma questão de governo. A Petrobras vai praticar preços competitivos de mercado nacional conforme ela achar que tem que ser, para garantir sua fatia de mercado. Se é o PPI o melhor preço, por acaso, que seja. Mas na maior parte das vezes talvez não seja. O PPI, para a Petrobras, só garante ao concorrente uma posição confortável”, argumentou. Ao longo da entrevista, Prates fez questão de demarcar uma separação entre a petroleira e o Palácio do Planalto e chegou a dizer que “não está havendo nenhum grau de intervencionismo” na estatal, mas destacou que “o governo atual também não gosta do PPI”. “O governo não acha o PPI adequado como referência nacional para um país autossuficiente em petróleo. E ele pode não gostar. Para mim, tanto faz. Estou gerindo uma empresa que vai praticar o melhor preço para ela”, resumiu. “O governo, em momento nenhum, chegou para mim e disse: ‘faça isso ou faça aquilo’. Não está havendo nenhum grau de intervencionismo na Petrobras. Tudo está sendo conversado, como ocorre com qualquer acionista controlador. E vamos continuar trabalhando assim”, acrescentou.

Na coletiva, Jean Paul Prates ainda comentou os megadividendos anunciados que serão distribuídos pela empresa, na casa de R$ 29 bilhões. Segundo ele, a Petrobras conta com uma regra escrita de distribuir trimestralmente 60% do lucro de caixa líquido e que a empresa pretende cumprir a regra. Em outro momento, o presidente da estatal também anunciou que a companhia irá focar suas estratégias futuras em uma transição energética com o objetivo de reduzir progressivamente a pegada de carbono da companhia. Um planejamento estratégico detalhado será apresentados em momento oportuno. “Vamos promover uma transição energética que não deixa ninguém para trás. Não pode deixar na mão a parte mais pobre da pirâmide, enquanto uma minoria fica mais rica. Devemos distribuir riqueza. Vamos investir principalmente em energia eólica e nas off shores. A Petrobras vai desbravar essas opções nos próximos anos de forma responsável e buscando parceiras com os maiores players do setor para implementar a descarbonização das operações e a economia de baixo carbono. A produção de óleo e gás ainda vai ser necessária para promover energia para o planeta. A produção do petróleo não vai desaparecer de uma hora para outra, mas a Petrobras não se furtará de investir em novas fronteiras. Queremos ser protagonistas da economia de baixo carbono”, afirmou.


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