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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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Inflação perde fôlego em junho, mas amplia distância do teto da meta do BC

Aumento da bandeira na conta de luz puxa alta da prévia da inflação ao longo de 2021

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) perdeu fôlego em junho ao registrar alta de 0,53%, ante avanço de 0,83% em maio, segundo números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 8. O resultado faz o indicador oficial da inflação brasileira acumular alta de 8,35% em 12 meses, acima do teto de 5,25% da meta perseguida pelo Banco Central, com centro de 3,75% e piso de 2,25%. No ano, a inflação acumula alta de 3,77%. Em junho de 2020, o índice registrou crescimento de 0,26%. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), visto como a inflação dos mais pobres, avançou 0,60%, abaixo da taxa de 0,96% registrada em abril. O indicador, que também é usado como referência para reajustes do salário mínimo e benefícios do INSS, acumula, no ano, alta de 3,95%, e de 9,22% em 12 meses.

O aumento de 1,95% da energia elétrica foi o maior impacto individual do mês. O setor já havia liderado o IPCA de maio ao registrar alta de 5,37%. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) impôs a bandeira vermelha patamar 2 a partir de junho. A mudança acrescentou R$ 6,243 para cada 100 quilowatts/hora (kWh) consumidos. No fim do mês passado, a instituição aprovou o aumento de 52% na taxa extra da conta de luz a partir deste mês, com o aumento da tarifa da bandeira vermelha nível 2 para R$ 9,49 a cada 100 kWh. O novo patamar deve seguir até o fim do ano em meio a pior crise hídrica do país em 91 anos. “A energia continuou subindo muito por conta da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que passou a vigorar em junho. Em maio, estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, cujo acréscimo é menor (R$ 4,169). Os preços, porém, desaceleraram em junho devido aos diversos reajustes captados em maio nas áreas pesquisadas. Em junho, tivemos apenas o reajuste médio de 8,97%, em Curitiba, no fim do mês”, explica o analista da pesquisa, André Filipe Guedes Almeida. O grupo de alimentação e bebidas também voltou a pressionar a inflação. Alimentação no domicílio passou de 0,23% em maio para 0,33% em junho, principalmente por conta da alta no preço das carnes (1,32%), que subiram pelo quinto mês consecutivo. Em seguida vem o grupo de transportes, puxado pelos combustíveis. A gasolina registrou aumento de 0,69%, contra avanço de 2,87% em maio. A Petrobras reajustou de uma única vez os preços da gasolina e diesel cobrados na refinaria.

O Banco Central já abandonou a expectativa de fechar 2021 abaixo do teto da meta. A estimativa publicada no relatório da inflação do segundo trimestre aponta para avanço de 5,8% diante do encarecimento das commodities e da recente pressão da energia elétrica. Segundo o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, a inflação se disseminou pela cadeia econômica, mas as pressões ainda possuem natureza temporária. A previsão do BC está abaixo do estimado pelo mercado financeiro. Dados do Boletim Focus divulgados nesta semana mostram a revisão da expectativa para 6,07%, a 13ª alteração para cima do IPCA. O avanço da inflação deve pressionar por um aumento mais incisivo da Selic. A taxa básica de juros foi elevada a 4,25% em junho ao receber mais 0,75 ponto percentual. O Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou que deve aplicar uma dose da mesma proporção no encontro de agosto, mas não descartou um acréscimo superior, estimado pelos analistas em 1 ponto percentual. O mercado estima que a Selic encerrará o ano a 6,5%, valor considerado neutro, ou seja, não estimula nem prejudica a atividade econômica.


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