Por contar com um time especializado e dedicado integralmente à gestão de recursos, fundos de investimento são veículos importantes para a preservação e ampliação de patrimônio no médio e longo prazo. Muitos investidores, no entanto, podem ter dificuldades para avaliar a qualidade dos fundos disponíveis no mercado. Um hábito comum é observar o histórico de rentabilidade na hora de tomar as decisões. Isso até pode ajudar a entender se determinado fundo consegue acompanhar ou bater suas referências, como CDI e Ibovespa. Entretanto, ao se limitar a essa métrica, o investidor poderá cometer alguns equívocos. Isso porque a rentabilidade em poucos recortes de tempo pode esconder informações importantes sobre o comportamento desses produtos. O Banco Safra conta com uma equipe especializada em montar carteiras diversificadas a partir de uma seleção rigorosa de fundos de investimento. Para mostrar que há diferentes métricas, que permitem medir com mais efetividade as características de cada fundo, explicamos abaixo três informações importantes de serem acompanhadas quando se opta por um fundo de investimento.
Antes de avaliar qualquer número, os especialistas do Safra lembram que é fundamental entender a proposta de gestão de um fundo. Dentro de uma mesma categoria, pode-se encontrar características bastante diferentes e que poderão exercer funções específicas nas carteiras de investimentos. Para diversificar seu portfólio e evitar surpresas, o investidor deverá levar em conta as informações que os gestores fornecem sobre as estratégias adotadas. Dentro da categoria de renda fixa, por exemplo, é possível aplicar em:
Já entre os fundos multimercado, a diversidade de estratégias é grande e há propostas significativamente diferentes. Entre os principais estão os:
Há ainda boas opções de gestão ativa no mercado de ações que vêm conseguindo entregar retornos acima do Ibovespa. Mas também há diferenças importantes entre esses fundos.
Comparar a rentabilidade dos fundos em certo ano é uma prática comum na hora de escolher onde investir. O problema é que, ao fazer isso, o investidor está avaliando apenas poucas janelas de tempo, definidas arbitrariamente. Um fundo com um bom retorno em determinado ano fechado pode não ter registrado um desempenho tão bom se deslocarmos o período analisado. Para evitar isso, é melhor utilizar janelas móveis para analisar o histórico de retorno de um fundo. Assim, o investidor pode observar mais informações de rentabilidade e reduzir o ruído de efeitos esporádicos na análise.
Veja o gráfico acima com a janela móvel de 24 meses do índice IHFA, que mede o desempenho de uma cesta de fundos multimercado. É possível ter ideia de quanto o investidor teria de retorno em cada dia, após manter seus recursos investidos por dois anos, um horizonte de investimento razoável nessa classe.
O drawdown dá a dimensão do tamanho dos tombos já registrados por um fundo, assim como o tempo que ele levou para se recuperar dessas quedas. No caso do máximo drawdown, trata-se do tamanho do recuo partindo do valor máximo da cota até o valor mínimo durante certo período. É uma métrica muito útil para que o investidor entenda de maneira mais concreta o risco envolvido em alguns produtos e decida se está disposto ou não a fazer a aplicação. Ao observar, por exemplo, o gráfico de drawdown do IHFA, fica claro que, desde 2018, a sua pior queda superou 11% (no auge da crise de coronavírus nos mercados) e que o índice levou em torno de quatro meses para zerar essa perda.