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Terça, 22 de Outubro de 2024
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Copom segue expectativa de cortes do mercado, mas ressalta necessidade de cautela dos bancos centrais

Taxa básica de juros chegou ao menor patamar desde março de 2022 após três reduções seguidas

Seguindo a expectativa do mercado financeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros para 12,25% ao ano. Apesar de destacar o agravamento do cenário internacional e a necessidade de cautela por parte dos bancos centrais, o comitê afirmou que o ritmo de cortes segue adequado para a política monetária brasileira. “O comitê reafirma que a economia está em desaceleração, mas que mesmo assim há preocupações com a desancoragem da inflação e com a inflação de serviços. Em suma, o cenário básico do Copom está mantido neste comunicado e também está mantido o discurso de que a redução de 0,5 p.p. é adequada para as próximas reuniões. Mas vai depender das condições futuras. É um cenário de alinhamento com as expectativas”, pondera Nicola Tingas, economista-chefe da Acrefi.

Jayme Carvalho, economista-chefe da SuperRico, pontua que havia dúvidas se o Banco Central seria um pouco mais duro na questão política. “O BC foi leve na sua comunicação, só falou que espera que as metas sejam atingidas. Aumentou, na minha opinião, a ênfase em relação ao cenário externo e o desafio que ele traz para a política monetária brasileira. O Banco Central está bastante preocupado que as ancoragens ainda não estão convergindo na velocidade que ele esperava. Em algum momento, o BC vai ter de diminuir o ritmo de queda. Mas eu diria que é uma ata sem surpresas e sem entrar um possível embate com o governo do lado fiscal”, considera.

Head de Renda Fixa da Suno Research, Vinicius Romano indica que o comunicado destacou preocupações do Banco Central brasileiro com o cenário internacional, que se mostrou mais incerto que o usual, exigindo cautela na condução da política monetária. “Além disso, o Comitê reafirmou a importância da firme persecução das metas fiscais, as quais são essenciais para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária. O patamar atual da taxa Selic ainda proporciona uma boa relação risco x retorno para os títulos pós-fixados, já que estes praticamente não sofrem com marcação a mercado e são positivamente impactados pelo alto nível da taxa básica de juros”, avalia.

Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou como insuficiente o corte promovida. Para Ricardo Alban, presidente da confederação, é necessário que sejam  realizados novos e mais intensos cortes nas próximas reuniões, caso seja mantido o cenário de controle da inflação. “A queda da Selic não é suficiente para impedir custos adicionais e desnecessários em termos de atividade econômica. Tenho a plena convicção de que a queda de juros não está na velocidade que nós precisamos. Na verdade, estamos em uma armadilha, porque a nossa taxa Selic atingiu um patamar bastante
desestimulante. Entendo que não é possível fazer uma queda abrupta, mas o Banco Central poderia ser um pouco mais desafiador e ter iniciado uma redução mais acelerada”, afirma Alban.

Para Rodrigo Sgavioli, head de alocação e fundos da XP, a manutenção do ritmo de cortes de 0,5 p.p. por parte do Copom reforça a previsão de trajetória da Selic em queda de forma gradativa. Isso levaria a taxa de juros de referência do Brasil para 10% a.a. em meados de 2024, segundo o especialista. Mas, depois disso, o espaço parece mais limitado para promover novos grandes cortes.

Esta é a terceira redução seguida da Selic após um período sete manutenções consecutivas e o menor patamar desde março de 2022, quando a taxa de juros estava em 11,75%. A decisão do colegiado seguiu as expectativas do mercado, como mostrou a Jovem Pan. Na ata da reunião anterior, os membros do grupo já haviam sinalizado a possibilidade de continuar com reduções de 0,5 ponto percentual nos encontros seguintes. A última edição do Boletim Focus, que mede as expectativas do mercado, também projetava o corte de 0,5 p.p..

 


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