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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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Cenário atual permite que Selic suba para 3,5% na próxima reunião do Copom, diz Campos Neto

Presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que entidade já mira ações em 2022

Presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto afirmou nesta sexta-feira, 9, que a Selic deve sofrer novo aumento de 0,75 ponto percentual e ir para 3,5% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), “a não ser que algo extraordinário aconteça” até o encontro marcado para os dias 4 e 5 de maio. O economista, no entanto, ponderou que a decisão “não está escrita em pedra” e que deve variar de acordo com o cenário. “Sempre explicamos que o Banco Central pode mudar. A cada reunião do Copom, a primeira pergunta a se fazer é se precisamos mexer nos juros, e quanto deve ter de estímulos”, afirmou. “Hoje, com as variáveis que nós temos, a não ser que algo extraordinário aconteça, podemos continuar com o que foi comunicado”, disse em um evento promovido pela XP Investimentos. 

A taxa de juros é a principal ferramenta do BC para controlar a inflação, que sofreu avanço de 0,93% em março e acumula alta de 6,1% nos últimos 12 meses, segundo dados divulgados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice está acima dos 5,25% do teto da meta perseguida pela autoridade monetária, com centro de 3,75% e piso de 2,25%. Segundo Campos Neto, o avanço, que veio abaixo do esperado pelo mercado, indica que as pressões inflacionárias são temporárias, apesar de afirmar que o movimento de alta está mais duradouro do que o esperado. “Estamos vendo um choque, e entendemos que está sendo disseminado e se dissipando. É mais persistente do que a gente pensou, mas estamos respondendo a isso.”

O Copom surpreendeu o mercado ao acrescentar 0,75 ponto percentual na Selic em março, o primeiro movimento de alta em quase seis anos. Segundo Campos Neto, a permanência da taxa de juros a 2% ao ano não se justificava mais diante da queda do Produto Interno Bruto (PIB) abaixo do esperado. “A taxa de 2% foi colocada para um cenário que não se materializou”, afirmou, ao citar que algumas previsões estimavam recuo de até 9% da economia, enquanto que a queda ficou em 4,1%. O presidente do BC também afirmou que espera pela abertura econômica no segundo semestre após a vacinação em massa da população, e disse que o país aprendeu a lidar melhor com a pandemia da Covid-19, mesmo com a piora no número de infecções e vítimas fatais. “Ainda há bastante incerteza, o Brasil não é campeão em vacinas, mas estamos indo relativamente bem em relação a outros países.” 


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