Com o retorno das aulas em alguns estados, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou nesta segunda-feira, 14, um documento com orientações para esse cenário em meio à pandemia. Intitulado “Contribuições para o retorno às atividades escolares presenciais no contexto da pandemia de Covid-19“, o material foi coordenado pela vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz e reúne evidências e informações científicas e sanitárias, nacionais e internacionais, sobre o que tem sido debatido sobre a volta às aulas presenciais.
O documento oferece elementos para assessorar a comunidade escolar e os gestores, considerando as diferentes variáveis regionais. “Trata-se de uma questão multi e transdisciplinar, além de intersetorial. Por isso, o documento destaca a necessidade de articulação, em cada território, dos serviços públicos da educação, saúde e assistência social para que sejam construídos, com a participação da população, os devidos diagnósticos”, comenta a coordenadora do grupo e assessora da Vice-Presidência, Patrícia Canto. Segunda a pesquisadora, não é possível dissociar as dimensões da saúde individual.
“A escola é um agente estratégico para a promoção da saúde e prevenção de possíveis agravos, e a supressão desses espaços de sociabilidade deve comprometer autoridades e sociedade para o fortalecimento de políticas públicas que criem condições concretas para a produção da saúde, como o direito à segurança alimentar e nutricional, a proteção social contra as violências (inclusive a violência doméstica e familiar que se amplia no contexto da pandemia da Covid-19) e a preservação do direito à educação, e é a partir dessa perspectiva que a reabertura das escolas deve se dar”, afirma Patrícia. Veja abaixo os 11 critérios gerais para a reabertura das escolas, de acordo com o documento da Fiocruz.
*Com Estadão Conteúdo