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Terça, 22 de Outubro de 2024
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Deputados aprovam derrubada de vetos presidenciais ao uso de máscaras em territórios indígenas

Deputados derrubaram vetos presidenciais ao uso obrigatório de máscaras em comunidades indígenas

Câmara dos Deputados aprovou por 454 votos a 14, durante sessão virtual do Congresso Nacional, a derrubada de vetos presidenciais ao uso obrigatório de máscaras em razão da pandemia do novo coronavírus e às medidas de proteção social e combate à Covid-19 nos territórios indígenas e quilombolas. Esses pontos ainda serão analisados pelo Senado. Os deputados são favoráveis à derrubada de partes do Veto 25, que tratam do uso de máscara em indústrias, lojas, templos, escolas e outros locais fechados e que determinam multa aos infratores, e a partes do Veto 27, entre elas as que determinam ao governo a oferta de água potável, medicamentos e atendimento médico em comunidades indígenas. Além desses, os deputados querem derrubar os vetos presidenciais impostos na sanção da norma que trata da transferência de terras da União para Roraima e Amapá (Lei 14.004/20) e ao trecho da proposta que deu 72 horas para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar a importação de produtos durante a pandemia (Lei 14.006/20).

Na sessão virtual do Congresso, quando os deputados decidem pela derrubada de vetos, esses itens são necessariamente votados pelos senadores. Isso porque, para que um veto seja derrubado, é necessário o apoio mínimo de 257 votos na Câmara e de 41 no Senado. De outro lado, os vetos mantidos pela Câmara nem sequer são analisados pelo Senado. A líder da Rede, deputada Joênia Wapichana (RR), afirmou que a sociedade precisa continuar atenta à implementação pelo Executivo dos itens resgatados pelos parlamentares. “Há quase cinco meses estamos tratando do tema para ter o mínimo de proteção aos povos originais. Comemoramos a inclusão de itens essenciais à saúde, como água potável”, disse. Segundo ela, faltou sensibilidade do governo ao não acordar em derrubar todos os vetos.

Para o deputado Bira do Pindaré (PSB-MA), vice-líder do partido, os vetos demonstram a rejeição e o ódio do governo federal com indígenas, quilombolas e populações originárias do País. “É preciso que se lembre que o maior índice de letalidade de Covid-19 está nas comunidades, indígenas, quilombolas e tradicionais”, disse. Segundo Bira do Pindaré, o sentimento de quem vetou é “de extermínio, de quem quer aniquilar e destruir esses povos”. A deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), autora da proposta, afirmou que a derrubada dos vetos vai garantir a “travessia na pandemia” dos indígenas, remanescentes de quilombos e outros povos originários. Os deputados, apesar de elogiar o acordo, disseram ser contrários aos vetos mantidos, como liberação de verba emergencial para a saúde indígena; a distribuição de cestas básicas; e a criação de um programa específico de crédito para o Plano Safra 2020.

Deputados da região Norte elogiaram a derrubada dos vetos presidenciais na sanção da norma que trata da transferência de terras da União para Roraima e Amapá (Lei 14.004/20). Para o deputado Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR), os vetos são fundamentais para os estados terem direito às terras. Segundo ele, o Incra já garantiu recursos para fazer o georreferenciamento das áreas para demarcar de forma clara quais terras deixarão de ser da União. “É o progresso chegando, estamos há mais de 30 anos lutando para que isso vire realidade”, disse o deputado Acácio Favacho (Pros-AP).

*Com Agência Câmara


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