Ronaldinho Gaúcho e Roberto de Assis, seu irmão, estão presos no Paraguai desde o dia 6 de março por ter entrado no país com passaportes falsos. De acordo com o Dr. Acácio Miranda, advogado em Direito Penal Internacional, ambos podem pegar de três a dez anos de prisão.
Em entrevista recente para a TV Gazeta, o especialista afirmou que o ex-craque do Barcelona poderá ser enquadrado por crime de falsificação e de lavagem de dinheiro.
“A encrenca em si é bastante complicada, porque em um primeiro momento, pesava contra eles (Ronaldinho e Assis) o crime de falsificação. Mas conforme as autoridades paraguaias vão apurando já surgem indícios latentes acerca do cometimento do crime de lavagem de dinheiro. A pena vai de três a dez anos mais ou menos, pela lavagem. Pela falsificação é um pouco menor, de um a cinco anos”, comentou.
Detido no Agrupamento Especializado da Polícia Nacional, em Assunção, Ronaldinho poderá continuar em solo estrangeiro durante a possível pena, afirma Acácio Miranda.
“Existem duas possibilidades. Existe a possibilidade da pena ser cumprida no próprio Paraguai ou o Artigo 7º do Código Penal Brasileiro permite que penas em virtude de condenações no estrangeiro sejam cumpridas no Brasil. Diante das circunstâncias que nós temos acho pouco provável que o Judiciário Paraguaio vá autorizar que ele cumpra pena no Brasil”, declarou.
O advogado também opinou sobre a postura da Justiça Paraguaia no caso envolvendo o pentacampeão do mundo com a seleção brasileira. No entendimento de Acácio, Ronaldinho foi pego como “exemplo” para mostrar a determinação do setor jurídico no país.