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Terça, 22 de Outubro de 2024
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8 respostas para dúvidas sobre a dengue

Aumento no número de casos de dengue no Brasil preocupa a população Aumento no número de casos de dengue no Brasil preocupa a população Imagem: Justinboat.29 | Shutterstock)

A dengue é uma doença que tem preocupado os brasileiros e, com o pico das infecções chegando, entre os meses de abril e maio, o alerta para a condição tem ganhado ainda mais destaque. Segundo o Ministério da Saúde (MS), 192 municípios decretaram emergência, e o país já acumula cerca de 1,2 milhões de casos.

No entanto, mesmo diante dos números, muitas dúvidas ainda acometem a população. Para esclarecer o assunto, o Dr. Evaldo Stanislau, infectologista e gerente da Inspirali (ecossistema de educação médica), responde algumas perguntas sobre a dengue. Confira!

1. O que explica a alta nos casos de dengue?

Temos como principal motivo a mudança climática. Juntamente à chegada do fenômeno El Nino, constatou-se uma onda muito forte de calor, bem como muita umidade. Essas duas condições já são suficientes para a progressão dos ovos na forma de larva e, enfim, do mosquito. Contudo, também existem outros fatores que explicam a alta nos casos.

A pandemia de COVID-19 mobilizou muito os recursos de saúde e, com isso, os programas de dengue ficaram desguarnecidos, o que gerou chance para que a vigilância não fosse tão efetiva. Outro fator é a falta de imunidade de uma geração de pessoas.

A população vai se sucedendo e diversas crianças e jovens não tiveram contato com o vírus, enquanto pessoas mais velhas já tiveram dengue, de surtos anteriores (assim, possuem uma vacina natural de imunidade contra a doença). Por fim, há o próprio ciclo da dengue, que, de tempos em tempos, passa por um crescimento natural.

2. Quais os diferentes tipos de vírus da dengue?

Hoje temos quatro sorotipos diferentes. Se uma pessoa contrai um, ela já está protegida contra este mesmo para sempre. A circulação dos tipos 1 e 2 é mais comum, por isso muitas pessoas têm imunidade a eles. Os tipos 3 e 4 circularam menos e por isso temos mais pessoas susceptíveis. Neste ano, o Brasil está registrando a circulação de vários sorotipos; em Minas Gerais, por exemplo, os 4 circulam simultaneamente, é isso aumenta a chance de formas graves.

3. O que é o Aedes aegypti e o quanto ele é perigoso?

Aedes aegypti é um mosquito importante do ponto de vista médico. Ele transmite zika, chikungunya, dengue e febre-amarela, sendo, assim, muito perigoso. Mas não é só ele que transmite a doença: quem traz o vírus é o ser humano infectado. A maioria das pessoas infectadas não apresenta os sintomas, mas não deixa de transmitir o vírus para o mosquito, que pica o ser humano e vai amplificando o ciclo.

Atualmente, a doença que vem preocupando a todos é a dengue, seguido da chikungunya, que corre em paralelo. Esta primeira tem uma característica clínica muito parecida com todas as outras arboviroses e comum, de certa forma, para doenças infecciosas: febre, dor no corpo e mal-estar.

Porém, o que chama atenção é o momento epidemiológico. Qualquer pessoa que sinta algum sintoma deve procurar orientação médica para fazer o diagnóstico clínico e epidemiológico. Quando estamos em uma epidemia declarada, o exame confirmatório fica menos importante.

4. Por que ainda não temos vacina para todos?

A vacina contra a dengue é um avanço científico e logo teremos também a vacina contra a chikungunya. A falta de vacina para todos não é exatamente culpa de ninguém. O laboratório responsável não tem condições, por diversas questões, de fornecer o suficiente para toda a população e priorizou o fornecimento exclusivamente para o Sistema Público de Saúde (SUS).

Todavia, mesmo que tivéssemos, só sentiríamos mesmo o impacto da vacina em meados de 2025, pois o processo ainda é longo entre tomar todas as doses e estar protegido. Para este ano, é primordial focar em medidas de proteção individual e de combate ao mosquito.


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