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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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Brasil cai para a 67ª posição no ranking mundial de segurança jurídica

No Brasil, não há nenhuma garantia de que quem comete um crime vai ser punido

No Brasil, segundo uma frase famosa do ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, não só o futuro é imprevisível, mas também o passado. Não poderia resumir melhor um problema crônico do país: a insegurança jurídica. Na economia, prejudica – e muito. Fazer negócios por aqui envolve um cenário onde as incertezas sobre a aplicação de leis e de normas sobre tributação, relações de trabalho e regulação podem vir não só de uma interpretação para o futuro como, aponta Malan, até do passado, gerando muitas vezes custos inesperados. Lógico que é muito mais difícil empreender nessas condições.

Pior ainda quando a insegurança jurídica envolve leis criminais, a vida das pessoas ou sua integridade física. Em muitos casos, inexiste a garantia de que quem comete um crime vai ser punido – isso quando é preso. São dois exemplos de insegurança jurídica, que também pode ser traduzida como a regra da lei. É a meta de quase todos que vivem em sociedade, seja o governo, cidadãos, empresas ou organizações. A lei deve ser clara, cumprida, sem ninguém acima dela, e, quando necessário, aperfeiçoada para que funcione melhor. Mas, nestes quesitos, o país não anda muito bem. Entre 128 nações, o Brasil ocupa uma posição intermediária no Índice da Regra da Lei, um ranking criado pelo World Justice Project, organização que tenta avançar a segurança jurídica no mundo. Divulgado em julho de 2020, o ranking registra uma forte queda do Brasil, que passou despercebida por aqui em meio à pandemia, mas devia preocupar autoridades e a sociedade. Em 2019, o país ocupava a 58ª posição. Caiu para a 67ª no ano passado.

O Brasil no Índice da  Regra da Lei

A lista de países cobre não apenas as leis econômicas como a Justiça criminal. Também o sucesso contra a corrupção e as medidas existentes para evitar que o governo tenha poder demais. Oito itens no total. O Brasil é o número 64 quando se trata de ter um arcabouço legal que impeça abusos do governo. O número 69 em combate à corrupção. E pior ainda na proteção aos direitos humanos. Ocupa a posição 83. Melhora bastante só quando se trata da transparência do governo. Graças a medidas como a Lei de Acesso à Informação, está em 31º lugar. Não é a intenção, mas o ranking acaba servindo de medida para o desenvolvimento e a qualidade de vida nos países. Dos 20 primeiros colocados, 18 são nações de alta renda.

Posição do Brasil em alguns itens 

A Dinamarca ocupa a posição de país com maior segurança jurídica no mundo, seguida da Noruega, Finlândia, Suécia, Holanda e Alemanha. Exceções entre os 20 primeiros, só duas: a Estônia, em 10º lugar, e o Uruguai, em 20º. Nosso vizinho, inclusive, é um incentivo ao Brasil. Assim como o Chile, que vem antes da Itália. Segurança jurídica não é coisa só de país desenvolvido. Prova disso é que na América Latina estamos atrás até da Argentina, com todos os seus problemas. Claro que segurança jurídica não garante sozinha prosperidade econômica e nem uma sociedade mais justa. Mas leis melhores, quando é o caso, e o cumprimento do que nelas está escrito, é o começo.

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