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Segunda, 21 de Outubro de 2024
Ola Mundo!


Onda de otimismo com avanço da vacinação contra a Covid-19 guia mercado brasileiro

Boletim Focus desta segunda-feira elevou a projeção do PIB para 5,05% em 2021

O mesmo tom de pessimismo que se instalou em março rodou 180 graus e se transformou em otimismo. Nem parece o mesmo Brasil. O que está exatamente guiando os mercados nesse otimismo? A primeira coisa que vem à cabeça é o avanço da vacinação. É verdade que ocorre a passos lentos, “tartarugais”, mas os grupos que já foram vacinados em massa tiveram uma forte queda nas internações em UTI; a cada dia são mais pessoas vacinadas e vemos o que países avançados já colhem com essa ação. Reforçando essa evidência, os dados de atividade econômica no Brasil só trazem boas notícias e sugerem que a época de mau agouro passou. Nos Estados Unidos, na mesma direção, mas com mais pulso, a retomada da economia é positiva. Porém, a cada divulgação de dados levanta-se o risco da inflação, por isso se espera que o FED, o Banco Central Americano, comunique a retirada de estímulos ainda neste ano, assim como os diretores e membros do comitê de política monetária consideram um cenário de alta da taxa de juros já em 2022. 

A conclusão é que os juros de dez anos dos EUA devem mostrar correção, convergindo para um patamar mais próximo a 2% até o final deste ano. Este movimento será sentido negativamente nos mercados de moedas e commodities, elevando o risco dos emergentes, o que já tem ocorrido em certa medida. Na semana passada, por exemplo, as moedas emergentes em relação ao dólar desvalorizaram cerca de 1% e a exceção foi justamente o real, com queda de 3%. O que nos fez atuar na contramão foi que, além do otimismo com o mercado local, existe a expectativa de que o Banco Central irá aumentar o ritmo de alta da Selic e atuar da forma que for necessário para garantir a inflação na meta. Portanto, juro mais alto implica em câmbio mais apreciado. Mas não se esqueçam que isso também significa que a inflação está pior. 

E um ponto adicional, que será também fonte de risco para inflação e atividade econômica e parece não estar hoje nos preços do mercado, é a crise hídrica. Embora a atual matriz energética brasileira seja mais diversificada e integrada que em 2001 (quando ocorreu uma forte crise hídrica, apelidado de “apagão”), as projeções mostram que o risco de um prolongamento dos problemas climáticos está maior a cada dia. Finalmente, como tenho recorrentemente terminado minhas considerações semanais, o mercado ainda não precificou a corrida presidencial, que virá num cenário de desgaste cada vez maior do governo com o avanço da CPI da Covid-19. A aproximação das eleições tende a aumentar a volatilidade e o risco-país, gerando instabilidade nos preços dos ativos. Vamos aproveitar a onda de otimismo, pois ela pode ser passageira.


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