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Segunda, 21 de Outubro de 2024
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Dos casos do jogador Maurício Souza ao youtuber Monark, Brasil vive o mais sutil tribunal de inquisição da história

O jogador Maurício Souza foi demitido do Minas Tênis Clube por fazer publicações consideradas homofóbicas

Vivemos no mais sutil tribunal de inquisição da história. Pessoas são canceladas, perseguidas, massacradas, anuladas em nome de pretenso combate ao preconceito e em nome da mais deliberada perseguição à liberdade de expressão, à liberdade de opinião que não seja a opinião adequada ao politicamente correto. Empresas, pessoas, universidades, partidos, redes sociais fazem parte do consórcio coletivo do exibicionismo moral que visa tirar benesses e vantagens pessoais e coletivas de colocar na fogueira quem acham que sai um milímetro fora do permitido em termos de linguagem e percepção da realidade do pseudo progressismo vigente, que criminaliza qualquer atitude, palavra ou gesto que considerem perto do que possa se chamar de preconceito.

Os exemplos têm se acumulado. Recentemente, tiraram o trabalho do jogador Maurício Souza por uma fala imprecisa, absurdamente julgada como preconceituosa. O jogador disse, em reação a frequente inserção de personagens gays em histórias em quadrinhos para crianças, que ‘não sabia onde isso iria parar’. O que ele quis dizer não sabemos, se foi alusão a uma sexualização precoce de crianças que, frente a amplo espectro de personagens com sexualidade ambigua, podem se sentir influenciadas por heróis em quadrinhos. Na Grécia Antiga, por exemplo, os jovens eram influenciados pela moral sexual homossexual do meio. A sexualidade inata do indivíduo se soma, sim, à influência do meio. Ninguém sabe se a fala imprecisa dele foi de possibilidade de uma larga disseminação de um culto ao identitarismo, que tem como consequências a linguagem neutra, que altera a percepção do gênero desde a tenra infância, ou se foi uma cutucada à possibilidade de inclusão de atletas trans femininas (homens biológicos) no meio esportivo, o que confere uma óbvia desvantagem física a mulheres reais. Ninguém sabe ao certo sobre a fala imprecisa do atleta. Preciso de fato é o preconceito calculado de movimentos que, em nome do combate à perseguição, hoje perseguem e massacram pessoas como Maurício Souza, que foi banido do seu time, o Minas Tênis Clube.

E outro caso, o youtuber Monark, que vinha tuitando uma série de comentários sobre a necessidade de ampliação da liberdade de expressão, sufocada por movimentos identitaristas, perguntou sobre a diferença entre uma opinião racista e uma ação racista e em que medida a primeira se configuraria como crime. Foi o bastante para que a empresa iFood cortasse o patrocínio ao influencer. Em ambos os casos, os limites da hipocrisia foram escancarados. Quase ninguém é imbecil a ponto de dizer que uma fala imprecisa sobre inclusão de personagens homossexuais em HQ ou uma pergunta sobre a jurisprudência de uma opinião possivelmente criminosa possam ser enquadrados em crimes reais. Quase ninguém é imbecil a ponto de massacrar esses personagens, mas muita gente é suficientemente sórdida para tirar proveito em tirarem seus empregos, massacrarem suas reputações em nome de um identitarismo perverso que persegue em nome do combate à perseguição.

O ex-humorista Felipe Andreoli, que fez sua carreira com piadas de cunho extremamente preconceituoso, foi o primeiro a massacrar o jogador de vôlei, chamando-o de homofóbico e berrando sobre a necessidade de crucificá-lo em praça pública. Descoberto em sua hipocrisia, Andreoli disse que mudou. Ora, Andreoli pedir desculpas por ter mudado seria legítimo se ele não massacrasse quem hoje sequer cometeu as piadas infames que ele fez no passado. Piadas que fizeram sua fama, aliás. Andreoli hoje lucra com o massacre a inocentes. Inocência inexistente em sua hipocrisia de lacrador. Todo verdadeiro preconceituoso aponta o preconceito inexistente de alguém: esconde sua culpa massacrando a liberdade de expressão de inocentes. Este é o resumo psicanalítico de toda a hipocrisia da indústria da lacração da qual Andreoli faz parte. E é também o resumo psicanalítico de uma histeria coletiva que se compraz em um tipo de exibicionismo moral que se caracteriza pela perseguição inclemente a quem acham que é preconceituoso. Uma histeria que faz com que o iFood ganhe louros e dividendos sociais e aplausos de uma turba furiosa que ama ver só sangue de quem chama de preconceituoso, que se compraz em massacrar alguém que simplesmente questionou os limites de uma opinião perigosa, como foi o caso do youtuber Monark.

Os casos vão se avolumando, assim como as milhões de pessoas que se veem indignadas com estas turbas de exibicionistas morais que amam sacrificar inocentes em nome de uma sede de sangue travestida de Justiça. Uma sede de sangue que rende propagandas em mídias lacradoras e dinheiro vivo a empresas que lucram por seus massacres. Hoje, empresas e pessoas que se apressam em massacrar inocentes são vistas com maus olhos por boa parte da população. Mas ainda há uma elite intelectual espúria que quer imputar preconceitos onde não existem e lucra pessoalmente como justiceiro moral recebendo aplausos de suas bolhas. E as empresas se sustentam nestas bolhas que tentam dominar a opinião pública. Uns poucos de uma elite falam em nome de uma opinião pública silenciada pela gritaria de uns poucos que dizem falar por todos.

Esta é a equação perversa do lugar de fala, onde uns poucos militantes dizem falar por todos os negros, gays ou mulheres que se sentiram discriminadas. Ora, ninguém nega que estes grupos foram e ainda são pontualmente alvos de alguma discriminação. Mas ninguém com consciência há de negar que o combate à discriminação cada vez mais tem se tornado uma discriminação com cálculo financeiro e pessoal em si mesmo. Que o diga a hipocrisia gritante e nefasta do iFood e do humorista Felipe Andreoli.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.


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